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[Mulheres do Plástico]: Liderança e comprometimento

O projeto mulheres do plástico trouxe histórias de sucesso e inspiração para o mercado do plástico

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, durante o ano de 2020, o portal realizou o projeto Mulheres do Plástico. O projeto trouxe empresas e associações com grandes nomes femininos e buscou dar mais visibilidade, reconhecimento para elas, destacando a sua presença dentro do mercado.

O estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), afirma que até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro, deve crescer mais que a masculina, hoje apenas a Islândia impõe por lei, a igualdade salarial entre homens e mulheres.

Rodrigo Oliveira, CEO do portal acredita que “a perspectiva feminina é diferente da masculina e essa pluralidade é o que faz com que uma empresa tenha mais chances de crescer”.

A gente traz um trecho de cada matéria que produzimos para você relembrar e se inspirar. Confira:

Nossa primeira história trouxe María Cecilia García, gerente de integração de poliamidas da BASF, que veio da Argentina trabalhar no Brasil com oportunidade da BASF. “É um grande desafio que exige um trabalho de conscientização e ações importantes para alcançar a meta de igualdade no mercado. É necessário criar espaços para as mulheres, suscitar debates para evitar preconceito”, destaca.

Em seguida conversamos com Mônica Fedderson Cerruti, gerente de contas do segmento de plásticos da QuantiQ, formada em engenharia química. “Em outros lugares que eu trabalhei, a diferença salarial entre eu e um colega do sexo masculino era grande, era em torno de 30%”. Acho que vai demorar um tempo para que homens e mulheres cheguem no mesmo patamar de salário. Também não vejo problema em trabalhar com homens”, conta.

Isabel Figueiredo, vice-presidente da unidade de vinílicos e especialidades da Braskem, atua há 17 anos dentro da empresa e está desde 2019 nesse cargo. “Já passei por situações engraçadas ao longo da minha carreira profissional. Uma vez fui fazer um trabalho no Chile, e para poder almoçar com o fornecedor, em um clube militar em Santiago, precisei de autorização para entrar, pois só entrava homens”.

Fernanda Brites, diretora da FL Indústria – Toalet Descartável, conta que a empresa é familiar e conta que não teve dificuldade para mostrar sua capacidade. “Às vezes os homens acham que se a mulher está na sua frente, e você está negociando, eles estão querendo te seduzir. Você precisa sempre pensar em qual roupa usar, pensar na maquiagem para não chamar a atenção demais, já o homem usa aquela roupa básica e nada vai mudar”.

Destaque e liderança feminina continuam

Outra história no mercado é Keilla e Keyni Garcia, que atuam dentro da NORB Indústria de Injetados Plásticos, empresa familiar.  “Se a mulher for qualificada e capacitada para o cargo, não tem o porquê de não ser admitida. Muitas empresas têm focado nas qualidades do sexo feminino e apostado em contratações de cargos que antes eram apenas masculinos”.

Já a diretora da Broliato Plásticos Ltda, Heloisa Broliato destaca que começou atuar na área do plástico há 44 anos atrás, com 16 anos. “Pode ser que exista a diferença entre homens e mulheres, mas eu nunca me senti assim, mesmo dentro da nossa empresa.

A mulher tem que mostrar a sua força, não tem precisa ter restrição sobre nenhuma situação. A barreira pode existir, mas cabe a nós não permitir que ela continue”.

Tatiane Silva trabalha como supervisora de montagem e área de injeção na Viqua Indústria de Plásticos, e conta que todas as supervisoras ali dentro são mulheres.

“Somos 3 supervisoras mulheres, temos 2 coordenadores homens e 1 coordenadoras mulher. Aqui dentro da empresa, não temos nenhuma barreira em relação a gênero, conseguimos o nosso lugar no mercado por capacidade”.

A gerente de controladoria da Maximu’s Embalagens Especiais, Deborah da Silva Olímpio relembra que quando começou seu curso de mecânica e usinagem falavam que era coisa de homem. “Aprendi que as oportunidades na indústria, para as mulheres, são mais difíceis do que para os homens. Para quebrar essas barreiras é necessário um processo de aprendizagem amplo, uma mudança de cultura social, onde fique claro que a mulher pode sim exercer um cargo de liderança”.

Cases de sucesso e inspiração para o mercado

A diretora de operações da Termotécnica, Regina Zimmermann da Fonseca, possui 28 anos de atuação nas indústrias. “Algumas vezes como gerente ou diretora, sentia provocação por alguns de meus pares, que pareciam sempre duvidar da minha capacidade à frente de decisões difíceis”, conta.

Cristina Neri, vice-presidente da América Latina para divisão química da Milliken conta que muitas vezes quando estavam em reuniões e dava a sua opinião, não era tomada como importante. Logo após, se um homem sugere algo parecido, todos aplaudem, e muitas vezes era interrompida em minha fala”.

Beatriz Goldaracena é diretora de produto para polietileno de baixa densidade e fios e cabos para a América Latina da DOW e atua há 9 anos na empresa.

“Na Dow, a nossa atual vice-presidente de Packaging & Specialty Plastics para América Latina, é mulher. Além disso, a nossa diretoria de P&D para América Latina é hoje liderada por mulher também.

No começo, éramos poucas mulheres, mas nos últimos anos, a DOW fez um esforço para garantir que todas as vagas sejam abertas a processos internos, com um painel de candidatos e de entrevistadores diversos. Isto tem dado mais visibilidade a algumas mulheres da companhia”.

A country manager da Radici Group, Jane Campos conta que na empresa as áreas de RH, qualidade, compras, vendas e laboratório, coordenados por mulheres, sempre foram promovidas ou contratadas por meritocracia. “Ainda vemos a gestão masculina predominando, mas globalmente vem aumentando o número de mulheres em cargo de gestão”.

Igualdade e inspiração dentro da indústria

Mais uma história de presença feminina é Daniela Camargo, executiva do SIMPLÁS (Sindicato das Indústrias do Matéria Plástico do Nordeste Gaúcho) e relata o sindicato nunca teve uma presidente mulher.

“A maioria das empresas, ainda são comandas por homens e é esse paradigma que precisamos quebrar todos os dias, mostrar que somos capazes”.

A assessora técnica da ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), Simone Carbalho, relata que são em poucas pessoas trabalhando dentro da associação e a maioria é de mulheres, mas quando olho para o universo do plástico, a maioria é de homens.

“Na área do plástico, eu não creio que haverá igualdade de gêneros, acho muito difícil”.

Renata Canteiro é diretora técnica da Embaquim, e afirma que 50% do quadro da empresa é preenchido por mulheres.

“Acredito que essa questão de igualdade será ultrapassada com a educação no núcleo familiar, garantindo autoestima e acesso às meninas a brincadeiras que despertem o interesse pelas ciências exatas”.

A penúltima história, trouxe Mariana Stangherlin, diretora administrativa da Anodilar Indústria de Equipamentos Gastronômicos. Como empresa familiar, ela destaca que as mulheres precisam provar muito mais competência. “Eu sinto que o país se encaminha para alcançar a igualdade de gênero, e estamos vivendo uma transição. É preciso que as empresas se voltem mais para o desenvolvimento humanos, potencializando o que cada pessoas tem de melhor”.

Já a última história trouxe o destaque de duas novas vice-presidentes para o Negócios de Care Chemicals e Químicos de Performance da BASF. 

Priscila Souza Camara, assumiu a vice-presidência de Care Chemical para a América do Sul. E Tatiana Kalman, passou a ser vice-presidente sênior de Químicos de Performance para as Américas. “Estamos atentos a novos desafios e oportunidades, contando com uma equipe coesa e inovadora”.

Segundo o IBGE de 2012, a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou nos últimos seis anos. Conhecendo as histórias dessas mulheres, podemos notar que as mulheres ainda lutam para conquistar o seu espaço e seus cargos tendo que mostrar sua capacidade todos os dias.

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TAGS: Notícias, Mulheres, Mulheres do Plástico, Mercado Plástico, Plástico Virtual, Representatividade, Igualdade

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