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[Mulheres do Plástico]: Perseverança e autoconfiança em sua capacidade no mercado

Inspiração, luta e determinação para acreditar no potencial de mulheres empreendedoras e engajadas

Com mais uma entrevista do projeto Mulheres do Plástico, conversamos com Regina Zimmermann da Fonseca, diretora de operações da Termotécnica, que possui 28 anos de atuação em indústrias.

Zimmermann é formada em engenharia química e é diretora industrial – apenas 2% destes cargos são ocupados por mulheres, segundo pesquisa da Hay Group –. “Sou mulher, esposa e mãe de dois filhos. Desejo que todas as minhas conquistas sirvam de inspiração para jovens, pais e mães, em especial de meninas”.

Zimmermann relembra que o caminho não foi fácil, porém, tinha a ambição de ser uma das melhores. “Eu realizava estágios não-remunerados para aprender e me tornei pesquisadora de iniciação científica, estudando cascas de camarão e contribuindo para chegar na quitosana, que hoje é encontrado em farmácias como emagrecedor natural”.

Zimmermann iniciou sua carreira na BASF, desenvolvendo novas formulações de poliuretano para solados de sapato. Em 1995 voltou para Joinville – SC, para começar na Akros e atuou por 17 anos na companhia. “Na Amanco comecei meu trabalho na área de sustentabilidade. Implementamos trabalhos relacionados à gestão ambiental, inovação em tecnologias mais limpas, redução de consumo de água, energia e com isso nos tornamos referência em sustentabilidade, reconhecidos nos guias Exame de Sustentabilidade e 150 Melhores Empresas para Trabalhar. Um dos trabalhos que fizemos consta em minha dissertação de mestrado: “O PVC e a Sustentabilidade Ambiental – Marcos Históricos e o Caso Amanco Brasil”, conta.

Em 2012, Zimmermann foi trabalhar na Termotécnica, onde atua até hoje. “Fiquei responsável pelas áreas de manufatura e engenharias, supply chain, compras, e diretoria de operações. Na Termotécnica encontrei um ambiente aberto para ser quem eu sou. Por 5 anos consecutivos, fomos considerados uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, segundo a Revista Você S.A. Estamos fazendo a economia circular acontecer com a reciclagem do EPS. E iniciamos a publicação de Relatórios de Sustentabilidade, buscando evolução em nossa gestão, que vem sendo reconhecida pelo Guia Exame de Sustentabilidade”.

A falta de inclusão das mulheres no mercado

No início de sua carreira, Zimmermann afirma que precisou fazer muito mais para ser vista como igual aos homens e por muitos anos, foi a única mulher na equipe da diretoria industrial. “Outras vezes, já como gerente ou diretora, sentia provocação por alguns de meus pares, que pareciam sempre duvidar da minha capacidade a frente de decisões difíceis”.

Com dois filhos, ela conta que a maternidade a transformou como pessoa, e dentro do ambiente de trabalho. E o fato de engravidar, não torna a mulher menos competente, pelo contrário, traz mais vontade para conquistar o mercado. “Os ambientes majoritariamente masculinos nunca foram uma questão para mim e me orgulho em dizer que ao longo da minha carreira nunca precisei me masculinizar ou me vulgarizar para desenvolver as minhas atividades. Porém, em três décadas de atividades em indústria, ainda vejo que os números entre homens e mulheres são bem desequilibrados”, salienta.

Zimmermann conta que busca devolver para a sociedade todas as oportunidades que teve, ajudando estudantes, jovens profissionais, em especial mulheres empreendedoras, a almejar conquistas e a acreditar nos seus potenciais transformadores. “Sou voluntária no Movimento Catarinense para Excelência, no Programa Think Tank do Projeto Resgate, no Núcleo da Mulheres Empreendedoras da Associação Comercial e Industrial de Joinville e ainda como Role Model na ONG internacional Inspiring Girls, levando para as meninas estudantes do ensino fundamental e médio o meu depoimento de carreira”.

Zimmermann deixa sua mensagem: “Sou protagonista e pioneira em uma carreira masculina. Engenharia não é uma profissão fácil para as mulheres, pois existe um machismo elegante, na forma de esquecimento, sabotagem. Mulheres acreditem em suas capacidades transformadoras”.

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