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[Mulheres do Plástico]: Promoções por competência e não por gênero

Aprendizado amplo e mudança cultural na sociedade para mulheres liderarem o mercado

Contando mais uma história do projeto Mulheres do Plástico, a gerente de controladoria da Maximu’s Embalagens Especiais Deborah da Silva Olímpio conta sobre as suas experiências.

Olímpio explica que a sua primeira vivência em um ambiente de trabalho foi em uma escola técnica, em um curso, e de mulher havia apenas ela e sua irmã gêmea. “Muitos, no começo, falaram que o curso era coisa para homem, mecânica de usinagem não tinha nada a ver com mulher, mas finalizamos o curso, e com excelentes notas. Entretanto, mesmo com as boas notas, as empresas preferiram contratar homens para trabalhar”.

Mesmo depois de ter finalizado o curso, a gerente lembra que não conseguiu vaga em nenhuma indústria. “Aprendi que as oportunidades na indústria, para as mulheres, são mais difíceis do que para os homens. Fui fazer um curso de Gestão Empresarial, o que me abriu mais oportunidades, e aos 17 anos fui trabalhar na Maximu’s Embalagens e tive uma ótima oportunidade, o que me possibilitou seguir carreira”.

Processos para quebrar a barreira no mercado industrial

O Fórum Econômico Mundial em 2019, mostrou a classificação de 153 países no quesito igualdade salarial entre homens e mulheres, e o Brasil ocupa a 130º posição para quem desempenha a mesma função. “Na empresa há tanto homens como mulheres em cargos de liderança, há um ótimo equilíbrio e percebo que isso vem da diretoria. Ainda falta muito para o Brasil alcançar a igualdade de gêneros, mas acredito que é um caminho, uma mudança ampla de cultura social”, explica Olímpio.

A sociedade precisa entender que os homens não são melhores que as mulheres, e que ambos são capazes de exercer cargos e funções de acordo com as suas competências. “Entendo que as principais barreiras são o pré-julgamento aliado á falta de conhecimento sobre o assunto. E para quebrar essas barreiras é necessário um processo de aprendizagem amplo, uma mudança de cultura social, onde fique claro que a mulher pode sim exercer um cargo de liderança”, ressalta.

As empresas precisam dar mais oportunidades, ter uma política de recursos humanos justa e igualitária para homens e mulheres, salários igualitários, favorecer uma cultura organizacional de contratações e promoções por competência e não pode gêneros, discute a gerente.

Olímpio finaliza que sempre buscou encarar o fato de conviver em ambientes majoritariamente masculinos como um desafio. “Procuro desempenhar com excelência meu papel na indústria.  O fato de conviver com muitos homens ao redor nunca foi uma questão desmotivadora para mim. É claro que em um âmbito geral, eu quero sim, conviver com mulheres como minhas colegas de trabalho em cargos de responsabilidades”.

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