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[Mulheres do Plástico]: A valorização das mães no mercado de trabalho

Mercado industrial aprende e, a passos lentos, entende a importância da mulher, sem preconceitos sobre sua vida familiar

Buscando dar mais visibilidade para as mulheres, chegamos com mais uma história do projeto Mulheres do Plástico e dessa vez temos a história de Simone Carvalho, assessora técnica da ABIPLAST.

Carvalho se formou em 1986 no SENAI no curso de Técnico em Plásticos, e foi trabalhar na Rhodia Química, depois passou duas empresas fornecedoras de autopeças, e também deu aula no curso em que se formou. 

Carvalho hoje é mãe de dois filhos, Giovani de 21 anos e Glória de 14 anos, porém quando engravidou do primeiro filho saiu do SENAI para a maternidade. “Fiquei alguns anos em casa, sem trabalhar na área, voltei depois para auxiliar um colega no desenvolvimento de um curso sobre materiais plástico, onde permaneci por 5 anos. Meu marido sempre viajou a trabalho, então tive que cuidar dos meus filhos praticamente sozinha, mas não me arrependo de nada”, relembra.

Em 2008, Carvalho retornou ao SENAI e conheceu uma pessoa da ABIPLAST, onde atua como assessora técnica desde 2012. “Somos em poucas pessoas trabalhando dentro da associação e a maioria é de mulheres, mas quando olho para o universo do plástico, a maioria é de homens, com certeza”, destaca.

Para ela, trabalhar na ABIPLAST não é um desafio, muito menos por ser mulher, mas quando era trabalhadora da indústria do plástico, sentiu desafios devido a isso, pois a mulher pode passar a imagem de fragilidade, e às vezes, pode não ser indicada para certas funções. “Na escola éramos em apenas 8 mulheres, em uma classe de 36 pessoas, e enfrentamos alguns desafios com os homens”, conta.

Mulheres como chefes podem ser bem-sucedidas tanto quanto homens

Carvalho discute que a área de plástico traz poucas líderes de produção, em contrapartida, o controle de qualidade, e a área de laboratório traz mais a presença de mulheres. “Na área do plástico, eu não creio que haverá igualdade de gêneros, acho muito difícil”.

Ainda para ela é um absurdo falar que mulheres não desenvolvem seus papeis tão bem quanto homens apenas por serem mães, mas ainda é uma frase dita. “Há muito preconceito por parte das empresas quanto a mães que trabalham, entendo que já existem várias empresas que pensam diferente, mas ainda há muito o que fazer”, salienta.

O que falta hoje para as empresas é dar a oportunidade para as mulheres que possuem os requisitos para a função de chefia, e então, perceber que as mulheres podem atuar como chefes, e serem bem-sucedidas. “Desde quando estudei no SENAI, sempre estive em ambientes majoritariamente masculinos, mas isso nunca foi um problema. Quando alguém falava algo desrespeitoso, eu já deixava claro o meu posicionamento e o meu lugar. Hoje essa questão de assedio é muito mais comentada do que há 30 anos atrás”, finaliza.

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