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[Mulheres do Plástico]: Participação feminina em todos os nichos do mercado

A mulher precisa sempre provar que é melhor para se destacar no mercado mesmo com habilidade e competência

Contando mais uma história do projeto Mulheres do Plástico , conversamos com Fernanda Brites, diretora da FL Indústria – Toalet Descartável. Constituída em 2007, a empresa conta em média com 12 funcionários.

Fernanda conta que a empresa foi constituída em 2007, após a compra de uma patente, e por ter sido através da compra de uma patente, ela não teve o obstáculo e a dificuldade em mudanças de cargo. “É uma empresa familiar, começamos do zero, e começamos a desenvolver equipamentos, fornecedores e estudar como poderíamos apresentar este produto no mercado, e quais seriam os mercados que iríamos priorizar, qual seria a nossa estratégia de lançamento”, destaca.

O produto da empresa, chama-se “Toalete Descartável”, é um saco coletor de urina e vomito, tornando-se assim, um produto diferenciado no mercado. “Apesar de termos a empresa desde 2007, é um produto que continua em desenvolvimento constante, com informação de mercado e de atuação. É um mercado em que desenvolvemos alguns nichos de mercado, sendo hoje a área de saúde o segmento prioritário, pois pode substituir a comadre e o patinho para os pacientes”, conta.

Brites ainda destaca que estão desenvolvendo uma campanha para o COVID-19 com o produto, para que ele possa diminuir as infecções, já que ele substitui a comadre e o patinho, dá autonomia ao paciente, não precisando do auxílio de enfermeiras, técnicos em enfermagem para utilizar o saquinho. “Nosso produto possui um bocal atômico flexível, para posicionar o produto no paciente, ele é unissex, e possui um zíper de segurança, para abrir e fechar quando necessário. Ele também pode ser utilizado na área de aviação, substituindo o saquinho de enjoo tradicional” afirma.

Ser mulher e ser inovadora ainda é um desafio no mercado

Brites ressalta que dentro da empresa, ela conta com mais mulheres, e  que devido aos seus equipamentos serem customizados para o seu produto, e o processo de produção que exige mais cuidado com os detalhes, as mulheres são mais detalhistas e maioria na empresa “Eu não fabrico plástico, utilizo como matéria, e as mulheres sempre foram mais produtivas e atenciosas aos detalhes, em função disso, eu conto com 80% de mulheres”.

Segundo a IBR (International Business Report – Women in Business 2019, pesquisa da Grant Thornton, quanto mais alta a posição, menor a participação das mulheres, apenas 15% das empresas possuem uma mulher no topo. “Existe uma barreira por você ter um produto inovador, por ser mulher, e em alguns segmentos essa barreira é maior”, detalha Brites.

Brites evidencia que a igualdade entre homens e mulheres é uma questão muito difícil. “Eu considero que não deveria existir essa ideia de separação de gêneros. Se a pessoa é qualificada, competente, não importa a distinção, porém ainda existe essa discriminação”.

Brites finaliza que as mulheres enfrentam dificuldades na hora de chegar em cargos de chefia, porque muitas vezes elas precisam passar por muitas provas, o que as tornam mais rígidas posteriormente nos cargos. “A mulher precisa sempre provar que é melhor no que faz, contando com uma carga de rigidez maior, e infelizmente ainda vemos no mercado uma certa dificuldade masculina em entender mulheres no cargo de chefia. “Às vezes os homens acham que se a mulher está na sua frente, e você está negociando, eles estão querendo te seduzir. A mulher não tem isso, ela está ali para responder o processo. Não generalizo, mas tende a ser isso em algumas situações. Você precisa sempre pensar em qual roupa usar, pensar na maquiagem para não chamar a atenção demais, já o homem usa aquela roupa básica e nada vai mudar”, salienta.

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