Perspectivas favoráveis para as pequenas indústrias
O PPI (Panorama da Pequena Indústria) indica um cenário favorável para este porte nos próximos meses. Isso se confirma no Índice de Perspectivas do setor, que revelou uma alta de 0,6 ponto na passagem de março para abril. Além disso, aumentou 1,6 ponto de abril de 2024 para o mesmo período no ano anterior.
A pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) também faz um levantamento das atividades de indústrias de pequeno porte. Assim como analisa situação financeira, expectativas e um ranking com os principais desafios enfrentados pelo setor no trimestre.
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Diante disso, a economista Paula Verlangeiro, da CNI, explica que este aumento pode ter relação com os anúncios governamentais sobre as medidas de apoio ao setor, como, por exemplo, o Brasil Mais Produtivo e o Desenrola MPEs. No entanto, esta edição do PPI ainda não mede os efeitos dos anúncios do novo programa ‘Acredita’, já que seu anúncio aconteceu no final de abril.
Nesse sentido, Verlangeiro contextualiza: “Dos três setores – extrativo, de construção e de transformação – apenas a indústria de transformação apresentou índice de perspectivas abaixo da linha de 50 pontos, que divide expectativas altas das baixas. O que reflete o momento difícil que o setor está vivendo, sobretudo pelo forte impacto das taxas de juros elevadas”.
Enquanto isso, o Índice de Desempenho das indústrias de pequeno porte apresentou uma oscilação durante o primeiro trimestre de 2024. Na passagem do ano, aconteceu uma alta de 0,4 ponto, na passagem de janeiro para fevereiro caiu 0,4 pontos.
Porém, durante o mês de março, o indicador voltou a crescer, aumentando 0,7 ponto em relação a fevereiro. E, no fim do período, o índice marcou 44,6 pontos.
Confiança e situação financeira recuaram
O Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias, por sua vez, recuou 1,7 ponto, indo de 42,2 pontos para 40,5 pontos. Embora a queda revele uma piora na situação financeira, em todos os segmentos industriais, o indicador continua acima da média histórica de 38,4 pontos.
Assim, calcula-se o resultado trimestral de acordo com a margem de lucro operacional, na situação financeira e no acesso ao crédito.
Já o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) para as indústrias de pequeno porte registrou 49,7 pontos, queda de 1,6 ponto frente a março. O resultado aponta uma transição do estado de confiança para falta de confiança na passagem de março para abril.
Com isso, a avaliação negativa das condições correntes da empresa e da economia brasileira se mostra como o fator principal para o recuo do ICEI.
Os principais desafios das pequenas indústrias
Nesse sentido, entre os principais problemas apontados pelos empresários durante o primeiro trimestre, aparecem a carga tributária elevada. Desse modo, ficando em primeiro lugar no ranking de principais problemas enfrentados pelas indústrias de transformação e da construção com, respectivamente, 38,7% e 32,0% de citações.
O problema, então, se destaca nas primeiras posições do ranking com frequência, e consta-se a percepção dos industriais sobre o sistema tributário nacional, considerado complexo.
O segundo destaque está na falta ou no alto custo de trabalhador qualificado, para as indústrias da construção. De forma que, foi assinalado por 28,2% das indústrias, com um aumento de 1,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior.
Para a indústria de transformação, o item ficou em terceiro lugar, apontado por 25,6% dos pequenos empresários, também com alta de 1,2 ponto porcentual.
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