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Você conhece o plástico que vira adubo

Material é misturado com milho e vira carvão. Fertilizante pode aumentar o teor de nutrientes como potássio e nitrogênio no solo

Liderados pela engenheira química e ambiental Kandis Abdul-Aziz, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia criou um método que transforma o plástico em fertilizante. Isso porque, o material é misturado com palha de milho e se torna um tipo de carvão extremamente poroso, ideal para fertilizar o solo.

Segundo a engenheira ambiental, a equipe utiliza plásticos como o PET, empregado em garrafas, e o poliestireno (isopor), misturados com resíduos de milho [restos de talos, folhas, cascas e espigas]. 

A partir disso, se aquece essa mistura em um reator, sem oxigênio, para romper a estrutura molecular original e obter carbono elementar — que dá origem ao carvão. 

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Ela ainda afirma que esse processo de decomposição por altas temperaturas, chamado “pirólise”, já é frequentemente usado para produzir carvão a partir de restos agrícolas.

Nesse sentido, Abdul-Aziz destaca: “Esse carvão pode aumentar o teor de nutrientes como potássio e nitrogênio no solo, além de melhorar a retenção deles”. 

plástico fertilizante

Diminuição da lixiviação de nitrogênio no solo

Mas uma das aplicações mais promissoras é o uso desse plástico fertilizante para diminuir a chamada “lixiviação de nitrogênio”. Ou seja, a remoção ou dissolução desse nutriente pela ação da água sobre o solo, acrescenta a engenheira ambiental.

Além disso, essa mistura é eficiente para aumentar o teor de carbono orgânico presente no solo — otimizando a saúde dele e o crescimento das plantações.

Quanto aos próximos passos para o desenvolvimento da técnica, a líder da equipe explica: “Nossa equipe está pensando em combinar os plásticos com outros resíduos agrícolas comuns aqui na Califórnia [além da palha de milho]”.

Uma vez que, o estado é um dos maiores produtores de frutas cítricas dos Estado Unidos. No entanto, a maioria dos resíduos, como cascas, sementes e polpa, se descarta e acaba em aterros sanitários. 

Por isso, Abdul-Aziz finaliza dizendo que: “O nosso processo pode fornecer uma alternativa sustentável para coisas que geralmente se consideram lixo, e produzir uma mercadoria valiosa como o carvão”.

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