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PIB brasileiro: qual a projeção em 2023?

A CNI fez projeção de crescimento de 1,6% do PIB no ano que vem e sugere medidas necessárias, como a reforma tributária, para que a indústria sustente o ritmo de crescimento

Para 2023, a CNI reduziu a previsão sobre o ritmo de crescimento do PIB, a Confederação Nacional da Indústria acredita que a expansão do PIB seja de 1,6%. Bem menor que os 3,1% projetados para este ano. Isso porque, as altas taxas de juros, a inflação elevada e o menor crescimento mundial influenciam essa perspectiva.

A princípio, esses dados fazem parte do documento Economia Brasileira 2022-2023, divulgado pela CNI. Na indústria, a previsão é de alta de 0,8% do PIB em 2023, também um desempenho menor do que a expansão de 1,8% prevista para este ano. 

Já na indústria de transformação se espera um crescimento de 0,3%, com expectativa de desempenhos setoriais diferentes.

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Isto é, os produtores de bens mais sensíveis à renda com desempenho mais favorável do que as indústrias com produtos mais sensíveis ao crédito, que terão mais dificuldades em função dos juros elevados.

Além disso, o PIB da indústria de construção ficará em torno de 2,0% para 2023.

Para o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, o crescimento esperado para 2023 será puxado pelo setor de serviços.

Sendo uma continuidade da expansão do número de pessoas com trabalho e da massa salarial real.

Telles afirma que: “Também contribui para o crescimento de 2023 a expectativa de forte aumento dos gastos do governo. A CNI estima que as despesas primárias do governo federal tenham crescimento real de 10% em 2023″.

O cenário fiscal de 2023

pib

O governo federal deve encerrar 2022 com superávit primário de R$ 75,1 bilhões (0,9% do PIB projetado pela CNI), o primeiro superávit desde 2013. 

No entanto, o cenário fiscal de 2023, contudo, será diferente. Isso porque, a PEC da Transição possibilita a expansão adicional de até R$ 200 bilhões nas despesas primárias do governo federal em 2023, fora do teto de gastos. 

Assim, a expansão dos gastos pode gerar efeitos positivos quanto ao crescimento do PIB em um primeiro momento.

Mas também, pode trazer consequências negativas para a economia brasileira, com aumento da inflação, desvalorização do câmbio e aumento dos juros.

Por isso, para criar as bases de um crescimento sustentável, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que a prioridade para 2023 precisa ser a reforma tributária.

Já que a PEC 110, que tramita no Congresso, contempla as principais demandas do setor produtivo.

Como, por exemplo, a eliminação da cumulatividade e imediata recuperação dos créditos tributários devidos e não pagos.

Bem como, a correção de distorções do sistema tributário atual, que levam à perda de competitividade da indústria e de eficiência da economia.

Buhler

Para Braga, o Brasil está muito atrasado na adoção de uma política industrial moderna. 

Segundo ele, todas as nações desenvolvidas, e mesmo algumas que estão em estágio similar ao do Brasil, têm atuado para fortalecer ao máximo suas indústrias. “Sobretudo porque vivemos atualmente em um cenário de acirrada rivalidade entre os estados nacionais, barreiras comerciais e remodelação das cadeias globais de valor”, destacou.

Previsão sobre os saldos gerais para 2023

A CNI prevê inflação de 5,4% em 2023. Para a taxa de juros, a projeção é de Selic média de 13,5%, com taxa ao final do ano em 11,75%. 

Para o câmbio, a previsão é que a média do ano fique em R$ 5,33. Sobretudo, a entidade ainda prevê uma taxa de desemprego média de 8,9% no ano que vem. 

Além disso, se estima também que as contas públicas terão um déficit primário de 2% do PIB em 2023.

Assim, tendo como resultado nominal negativo em 8,3% e dívida pública bruta em 78,8% do PIB. Para o saldo comercial, a estimativa é de US$ 55,9 bi no ano que vem.

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