Pesquisadores do LOA (Laboratório de Óleos da Amazônia) da Universidade Federal do Pará, no Parque de Ciência e Tecnologia, no bairro do Guamá, produziram um tipo de plástico derivado dos resíduos do babaçu, um tipo de palmeira, e de rejeito de mineiros. Os cientistas deram a criação o nome de biomembrana.
Por ser um tipo de matéria-prima em vasta quantidade e muito frutífera, os pesquisadores encontraram nela uma forma de valorizar a Amazônia. A descoberta, coopera com a economia circular e sustentável, como pontua o coordenador do LOA e líder da pesquisa no laboratório, Emmerson Costa.
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Por enquanto, a patente desenvolvida pelos pesquisadores está em processo de registro. Assim como uma produção de um artigo científico que visa melhorar as propriedades do material. Além disso, eles estão estudando a plasticidade para a criação de outros usos.
Dessa maneira, para que a pesquisa seja positiva, gere mais tecnologias e produtos, os pesquisadores contam com o apoio e com o investimento financeiro da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e da UFPA.
A produção do plástico biodegradável
Para fabricação do plástico, os pesquisadores extraem um polímero natural proveniente de resíduos de casca de amêndoa do fruto. Em seguida misturam com os rejeitos de argilominerais, a fim de trazer resistência ao material.
O coordenador do LOA, explica: “Você pega um resíduo de um fruto, transforma em outro material biodegradável e tem ali uma economia circular e sustentável”.
Ainda dentre os destaque da criação da biomembrana, está o uso amplo do material, que é aplicável na fabricação de sacos plásticos, encapsulamento de medicamentos e óleos, assim como na produção de recipientes plásticos.
O material conta com uma decomposição facilitada, outro tipo de destinação além de reciclagem ou transformação dele em novos produtos.
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