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Compra de petroquímica preocupa indústria do plástico

A Petrobras tem direito de preferência sobre as ações da Braskem e estuda cobrir a oferta de R$ 10 bilhões apresentada pela Unipar

Uma possível aquisição da Braskem pela Petrobras, segunda maior acionista do país, colocou os transformadores de plástico em alerta. Isso porque, a estatal tem direito de preferência sobre as ações da companhia.

Nesse sentido, o novo comando da estatal já havia indicado que poderia tanto vender quanto ampliar participação na companhia controlada pela Novonor.

O presidente da empresa, Jean Paul Prates, admitiu que a Petrobras está “trabalhando internamente” na possibilidade de exercer o direito de preferência sobre a fatia da antiga Odebrecht.

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Com isso, o presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, destacou: “Vemos com muita preocupação [uma potencial estatização da Braskem]. Esse é um mercado já super concentrado e protegido e os movimentos que estão sendo indicados concentram ainda mais uma indústria que atende a mais de 12 mil transformadores plásticos no país”.

A princípio, dois grupos apresentaram propostas formais não-vinculantes pela Braskem. Sendo um consórcio formado pela gestora Apollo e pela Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc).

Estes querem ficar com 100% da petroquímica, e a Unipar, cuja oferta está condicionada ao não exercício do direito de preferência pela Petrobras.

Sobre propostas formais na mesa

A J&F Investimentos ainda tem interesse em comprar participação na Novonor. A holding Batista, dona da JBS, propôs há alguns meses comprar a dívida da ex-Odebrecht dos cinco bancos credores, mas as instituições financeiras não concordaram com a taxa de desconto. Segundo duas fontes, a J&F ainda não colocou uma nova proposta, formal, na mesa.

A Apollo e a Adnoc ofertaram inicialmente cerca de R$ 47 por ação, dos quais R$ 20 foram pagos à vista, R$ 20 foram pagos em títulos perpétuos com taxa de juros de 4% e R$ 7,14 (a valores de hoje) foram pagos em bônus de subscrição. 

Na prática e a valor presente, segundo fontes de mercado, essa estrutura iria embutir o preço por ação em torno de R$ 34 por papel.

Por sua vez, a proposta formal da Unipar é de R$ 36,50 por ação para uma participação de 34,4% na Braskem. A Odebrecht manteria uma participação minoritária de 4%. 

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