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Você sabia que existe economia circular do EPS?

Usado como embalagem para diversos segmentos, o EPS só perde para o PET como material plástico mais reciclado no Brasil

Conhecido popularmente por Isopor e tecnicamente por EPS, o poliestireno expandido, apesar de ser um material rígido, pode ser reciclado. Isso porque, o material é composto por 98% de ar, é atóxico e livre de CFC. Assim, podendo passar tanto pela reciclagem mecânica quanto pela energética e química.

A Termotécnica, mostra isso já que já reciclou 44 milhões de toneladas desse produto. 

Nesse sentido, Nivaldo Fernandes de Oliveira, diretor superintendente da empresa, destaca: “Temos toda a tecnologia para reciclar e já existe a economia circular”.

Para ele, o desafio é “integrar os elos da cadeia”. A empresa, de Joinville (SC), é a maior fabricante de embalagens em EPS do país, com unidades em cinco estados.

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Assim, atendendo segmentos como linhas branca e marrom, agronegócio, alimentos, fármacos e vacinas. “Há 14 anos começamos a trabalhar a reciclagem do EPS”, conta o executivo. 

Nesse período, a Termotécnica registra o recolhimento e reciclagem de mais de 44 mi de toneladas do produto. 

A princípio, o trabalho para recolhimento se dá na logística reversa, garantindo que o material volte à empresa.

Dessa forma, atua junto a produtores, distribuidores e varejistas, além do consumidor final, em um caminho que leve o EPS às cooperativas e, de lá, às unidades da Termotécnica. 

Então, o Isopor – que deve chegar limpo, forma como também deve ser descartada pelo consumidor – passará por um processo de extrusão.

Isto é, retirada do ar, dando ao material uma outra forma para ganhar novas funcionalidades. De EPS (expandido), ele vira PS (comprimido).

Características do EPS, sua comercialização e reciclagem

Sobretudo, o EPS é um plástico celular rígido, resultado da polimerização do estireno em água. 

O produto final são pérolas de até três milímetros de diâmetro, que se destinam à

expansão. Por isso, no processo de transformação, essas pérolas aumentam em até 50 vezes o seu tamanho original, por meio de vapor, fundindo-se e moldando-se em formas diversas. 

Expandidas, as pérolas apresentam em seu volume até 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. 

Em milímetro cúbico de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.

De acordo com a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), o país produziu, no ano passado, 119,6 mil toneladas de EPS, volume que cresce ano a ano, sendo boa parte exportado. 

Dados recém-divulgados mostram que, entre os diferentes tipos de plásticos reciclados pós-consumo, o EPS só perde para o PET em percentual de

reciclagem.

Isso porque, em 2020, o índice foi de 30,9% de tudo o que é produzido (no caso do PET, este número chega a 53,5%; entre todos os plásticos, é de apenas 23,1%).

O EPS é utilizado como embalagem de eletrodomésticos e eletrônicos, caixas para armazenamento de bebidas e remédios, mas também em lajes e forros de imóveis.

Maneiras de reciclar o material

A princípio, existem basicamente três maneiras de se reciclar: a reciclagem mecânica, que é a mais comum, a energética e a química. 

As duas últimas são usadas quando o material reciclado será matéria-prima da própria indústria, como energia térmica, óleos e solventes, entre outros.

Por conta do desconhecimento de boa parte da população, a Termotécnica criou o portal Sou Reciclável, onde orienta sobre o descarte correto do EPS.

Dessa forma, todos os produtos da empresa têm um QR Code que leva à plataforma. 

De acordo com Oliveira, hoje há mais de 300 cooperativas integradas no sistema e mais de 30 gerenciadores de resíduos sólidos.

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