Crise econômica para alguns, oportunidade para outros. Com os altos preços de fazer refeições fora de casa, as maiorias das pessoas têm optado por levar a boa e velha “marmitinha” para o trabalho ou escola. E quem ganha com isso? O segmento plástico! Sim, o mercado de potes, caixinhas e marmitas plásticas com divisórias tem crescido 20% ao ano.
Em 2016, a unidade brasileira da empresa americana Tupperware assumiu o posto de líder em vendas do grupo globalmente. Em dois anos, a fábrica da marca no Rio — a única no país e em operação há 40 anos — subirá ao posto de maior no mundo, superando a unidade fabril mexicana.
De acordo com a empresa, a fábrica de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, tem 40 máquinas, enquanto a do México tem 50. O Brasil já vinha se colocando entre os cinco maiores mercados da companhia nos últimos cinco anos.
E as surpresas não param por aí, no segundo trimestre do ano, as vendas da companhia no país subiram 41%, na comparação com abril a junho de 2015, tudo isso porque “marmita” virou tendência.
Esses “potinhos” permitem acondicionar alimentos para estocar, congelar, transportar. A linha de potes para micro-ondas vendeu acima da média da companhia no segundo trimestre deste ano. Também um reflexo da crise, já que “comer fora” custa bem mais caro.
Entre janeiro e agosto, a inflação da alimentação fora de casa bateu 5,39%, após alta de 10,38% no ano passado, segundo dados do IBGE. No supermercado, o carrinho também encareceu cerca de 11,10%.