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See Color: Tecnologia leva acessibilidade à indústria do plástico

Criado por Sandra Regina Marchi, o See Color identifica cores pelo tato e já é usado na indústria do plástico. A tecnologia promove acessibilidade, inclusão e inovação no setor

See Color: Tecnologia leva acessibilidade à indústria do plástico

Criado pela professora Sandra Regina Marchi, o sistema “See Color” identifica cores e seus diversos tons em qualquer objeto físico ou virtual. A inovação, já em uso na indústria do plástico, nasceu com o objetivo de atender pessoas com deficiência visual. Mas, além disso abrange o público sem deficiência. Com isso, consolidou-se como um marco na evolução da tecnologia assistiva.

A ferramenta surgiu a partir da Teoria das Cores e da tese de doutorado de Sandra, graduada em Artes Plásticas pela UDESC e integrante da Rede de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva (RPDTA). Com uma proposta voltada à inclusão e à autonomia, ela transformou seu conhecimento acadêmico em uma solução prática e acessível.

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Inspirado nas posições dos números em um relógio analógico, o sistema adota um código tátil e visual para representar cores. Essa abordagem rompe barreiras históricas de acesso à informação e amplia as possibilidades de participação social. Sendo assim, a proposta incentiva o uso do tato para reconhecer cores, indispensável para muitas pessoas com deficiência visual. Assim, além de tátil o “See Color” é visual. 

Nesse sentido, Marchi explica: “O método tem base em códigos, linhas e pontos em alto relevo, para o cego sentir com odedos, mas quem enxerga. Como os daltônicos, que não conseguem diferenciar as cores corretamente -, visualiza os códigos e sabe a cor dos objetos sem usar o tato. Basta conhecer o código, que é igualzinho ao ponteiro de um relógio. Sabendo da posição do código no relógio, já sabe qual é a cor”. 

A professora iniciou o projeto com foco nas pessoas com deficiência visual, mas durante os testes da tese, percebeu que a solução também beneficiava quem não tem deficiência. Ela conta também que o “See Color” ajuda em compras online. 

Como o See Color atua na indústria do plástico?

Atualmente, a indústria do plástico já adota o “See Color”, que será um dos destaques do Color Trend 2026®, guia de tendências de cores voltado a orientar decisões de designers e fabricantes. O evento acontece de 8 a 10 de abril, no Novotel Center Norte, em São Paulo, promovido pelo Think Plastic Brazil, iniciativa do INP (Instituto Nacional do Plástico) em parceria com a ApexBrasil.

Em relação a contribuição deste desenvolvimento para a indústria do plástico, Carlos Moreira, destaca a importância desta solução na indústria do plástico: “Para o setor do plástico, isso representa um desafio significativo, já que os produtos plásticos estão presentes em diversos segmentos essenciais, como embalagens de alimentos, frascos de medicamentos, plasticultura, brinquedos, utilidades domésticas e decoração.”

Ele completa: “Sem um sistema acessível de identificação de cores, uma grande parcela da população é excluída da experiência de escolha e uso desses produtos.”

Moreira destaca que desenvolveu o ‘See Color’ para tornar as cores acessíveis, mesmo para quem é cego, daltônico ou tem baixa visão — tudo com apenas 20 minutos de aprendizado tátil. 

Além disso, como parte da estratégia do Think Plastic Brazil, serão promovidos cursos para capacitar empresas a entenderem a importância da escolha adequada das cores. A proposta é garantir que as paletas do Color Trend® contem histórias autênticas do Brasil e sejam aplicadas de forma acessível e inclusiva.

Por fim, vale destacar que o “See Color” também aplica-se a indústria e varejo, ampliando seu alcance e promovendo a inclusão social por meio do uso consciente das cores.

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