Os custos com manutenção nas indústrias podem chegar a 5% da receita total, segundo a Abraman (Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos). Para driblar esse impacto financeiro, uma das formas é investir em programas de manutenção preditiva.
Como afirma Rogério Rodrigues, CEO da Abecom, empresa especializada em manutenção industrial. “Essa medida antecipa possíveis falhas e evitam paradas de produção não programadas”.
Nesse sentido, Rodrigues ainda lista outros desafios para eliminar os gargalos de produtividade nas indústrias.
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Como a falta de mão de obra qualificada; gestão de custos de manutenção; gerenciamento de estoque; planejamento de manutenção; integração com outras áreas da empresa; uso de tecnologia e gerenciamento de documentação.
Para ele, a falta de mão de obra treinada para a manutenção preditiva é um desafio crescente nas indústrias e com grande impacto na produtividade.
O CEO da Abecom, pontua: “As parcerias com instituições de ensino ou fornecedores especializados são uma forma eficaz e econômica para que os profissionais adquiram conhecimento sobre novas tecnologias, técnicas específicas e métodos utilizados em outros setores”.
Ainda mais, Rodrigues salienta que as empresas devem considerar todos os recursos financeiros envolvidos em um equipamento.
Ele destaca que o custo de manutenção não é só a soma do valor das peças de reposição e das horas de trabalho da equipe. “As falhas nas máquinas causam perdas de produção, atrasos de entrega e custos de reparo mais altos do que os previstos. E isso também deve entrar na conta”, alerta.
Peças para manutenção
Já quanto aos estoques de peças de manutenção, estes não podem ficar nem abaixo nem muito acima do que o necessário.
Por isso, as empresas devem traçar estratégia de manutenção. “Não podem esperar o equipamento falhar para agir. Isso trará consequências desastrosas para a produtividade e aumentará significativamente os níveis de peças de reposição”, diz Rodrigues.
Segundo o CEO, é possível que as empresas eliminem essa necessidade em alguns componentes, a partir da manutenção proativa que programa melhor os níveis de estoque.
O desafio seguinte é o planejamento da manutenção preditiva, o que minimiza os tempos de inatividade dos equipamentos.
Dessa forma, para o especialista, infelizmente, ainda se vê empresas com a cultura de que a manutenção só existe para corrigir problemas, quando, na verdade, ela é responsável pelos ativos de maior valor numa indústria.
Assim, Rodrigues destaca que o planejamento de manutenção deve ser integrado a outras áreas da empresa, que não apenas a produção e a engenharia. “O setor de Supply Chain, por exemplo, também pode se beneficiar com as informações de desempenho das máquinas para planejar melhor as compras de componentes, gerando economia”, explica.
O CEO da Abecom também pontua a importância de identificar riscos associados à manutenção de equipamentos industriais, que podem ser mitigados. “Para isso, é necessário coletar dados e monitorar o funcionamento das máquinas”, diz.
Por fim, ele explica que para garantir a eficiência dos equipamentos é importante manter uma documentação precisa e atualizada sobre as atividades de manutenção.
E finaliza: “O comportamento do funcionamento das máquinas, o histórico das ações, e até indicadores de manutenção, são informações muito úteis para saber quando agir, o que trocar e por que trocar”.
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