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[Plástico pós-pandemia]: Embalagens plásticas flexíveis abrange 60% do mercado essencial

Rogerio Mani, presidente da ABIEF fala sobre perspectiva positiva para o mercado de embalagens em 2021

No projeto Plástico pós-pandemia de hoje, conversamos com Rogerio Mani, presidente da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), para entender como a indústria de embalagens plásticas está reagindo neste novo cenário de pandemia e como o plástico é um importante aliado para sociedade.

Mani destaca a importância do plástico e que o novo coronavírus mostrou o quão necessário ele é, sendo a forma mais econômica, mais viável e mais segura. “O problema está no descarte incorreto dos resíduos, e as embalagens flexíveis têm operado junto ao mercado essencial, podendo ser moldada e adaptada facilmente para o momento”, explica.

Confira a entrevista na íntegra:

Plástico Virtual – Como o setor se adaptou à nova realidade? Especialmente no viés econômico. Houve retração considerável? Como lidam com os números?

Rogerio Mani – O setor antes da pandemia estava com crescimento de +1,6%, comparado ao último quadrimestre. Nós vislumbrávamos um cenário de crescimento, e retomada da economia, porém, veio a pandemia em março.

As embalagens plásticas flexíveis, no segmento de higiene, alimento, bebidas consomem 60% de todas as embalagens, que são os segmentos essenciais durante a pandemia. O setor de flexíveis foi afetado, porém não tanto como outros setores, pelo fato de estar nos mercados essenciais. Estamos trabalhando com 70% da capacidade instalada, o que é bom para nosso mercado, em relação a pandemia.

PV – Em relação a vagas de trabalho, como estão lidando com as perdas? Existe alguma iniciativa governamental para ajudar nesse quesito?

RM – O que nós temos hoje de recursos sociais, é o que o Governo colocou, com a MP 936/20, uma parte o governo paga, uma parte a empresa, a suspensão de contratos, redução de jornadas de trabalho.

Antes de demitir, buscamos usar os recursos que o Governo selecionou, em medidas mais drásticas, algumas empresas acabaram demitindo, pois acabou tendo uma perda de 40% em sua produção e acabaram não tendo caixa para segurar, mas o mercado de flexíveis têm sobrevivido bem durante a pandemia.

PV – O que espera do próximo ano?

RM – A embalagem está em tudo, então se a economia cresce, nós crescemos juntos. Como estamos muito focados para produzir para os setores essenciais, então a projeção para a indústria de flexíveis para 2021 é boa.

A economia vai ter que voltar aos poucos em breve, não tem como segurar mais. Se voltar e não tivermos outros picos, 2021 não tendo a pandemia, vai ser o ano da retomada que seria de 2020.

Acho que perdemos um ano em 2020, mas em 2021 será o ano da retomada de crescimento. A tendência é o Brasil entrar em retomada para 2021.

PV – Como lidam com a nova realidade? Existe alguma ação que queira destacar?

RM – As embalagens plásticas flexíveis se adaptam muito rapidamente a necessidade, então, neste momento, com a mudança de comportamento do consumidor, as embalagens flexíveis mudam rapidamente para suprir a necessidade do consumidor.

A indústria do plástico como um todo, se engajou na questão social, doando muitas coisas, sacos plásticos para hospitais, máscaras, face Shields, até a própria ABIEF se engajou para ajudar neste momento.

Durante a pandemia, o plástico veio á tona novamente, para mostrar o quão necessário ele é, sendo a forma mais econômica, mais viável e mais segura até para este momento. O plástico está em nosso cotidiano e o problema é o descarte incorreto dele.

PV – Existe algum dado de recuperação econômica ou ao menos projeção?

RM – Eu ainda ouso em dizer que não iremos perder o ano, ainda acho que podemos crescer este ano, mesmo com todo esse problema do novo coronavírus. A perspectiva para o nosso cenário ainda é boa, em relação aos outros mercados que tiveram paralisação.

Os juros nunca estiveram tão baixos no Brasil, ajuda em investimento, as famílias se estruturarem melhor, existe uma série de fatores, que fariam com que o Brasil neste cenário político, seria um ano de crescimento.

PV – A oscilação do dólar afeta a produção local? De que forma?

RM – O preço de matéria-prima no Brasil é formulado através do mercado internacional e câmbio, porém no Brasil aconteceu uma coisa engraçada, o dólar disparou, mas o preço da matéria-prima lá fora diminuiu, então manteve o equilíbrio, mas não conseguimos surfar nesse preço de baixo da matéria-prima.

No Brasil nós temos uma grande petroquímica que faz 70% do mercado, então, ela consegue administrar o preço que quer para o mercado, mesmo com a regra do mercado internacional e o dólar. O dólar em alta é muito ruim para o mercado nacional.  

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