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Pesquisador revela múltiplas oportunidades em polímeros inteligentes

Diretor do Simplás, Diego Piazza aponta caminhos para desenvolvimento de materiais no país

A cada ano, cerca de 5% de todo o PIB do Brasil é gasto com medidas anticorrosivas em milhões de produtos disponíveis no mercado. Uma oportunidade gigantesca, já detectada por algumas empresas e instituições que estão investindo na pesquisa e desenvolvimento de revestimentos nanoestruturados.

De tintas com propriedades especiais térmicas, físicas e de barreiras protetoras e anticorrosão, capazes de resistir ou até de se regenerar após sofrerem danos.

Segundo o pesquisador e professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e diretor do Simplás (Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho), Diego Piazza, trata-se de apenas um dos cada vez mais numerosos exemplos de aplicações para os chamados polímeros inteligentes. “Polímeros inteligentes são materiais que respondem a um determinado estímulo, de ordem química, física ou biológica, de forma reprodutível e específica”, explica Piazza.

Ainda segundo o pesquisador, há um universo de oportunidades no setor de polímeros para quem se dispõe a pensar além das aplicações ou processos convencionais. Outro exemplo, além da chamada tinta self-healing, vem de uma das mais recentes patentes requeridas pelo time de pesquisadores da UCS.

Neste caso, especialmente desenvolvida para uso do Exército Brasileiro: um colete a prova de balas feito de polietileno. “Outras inovações surgindo ao redor do mundo incluem sistema inteligente de entrega de medicamentos ao organismo, engenharia de tecido (para reparação ou desenvolvimento de novos produtos), tintas inteligentes, embalagens ativas e polímeros com memória de forma. É tudo questão de enxergar novas possibilidades de cada material, para além das aplicações ou processos que já conhecemos”, observa Piazza.

Entre 2016 e 2023, o mercado de polímeros inteligentes deve crescer aproximadamente 15%, atingindo a cifra de 3,33 bilhões de euros. “Isso não é coisa de outro mundo, tampouco para um futuro distante. Já está acontecendo agora, no nosso quintal. O grafeno, por exemplo, já é realidade em Caxias do Sul”, revela o pesquisador da UCS, instituição onde o material vem sendo estudado.

Novas possibilidades

Diretor do Simplás, Diego Piazza aponta uma iniciativa do sindicato como fundamental para estimular já nas futuras gerações uma visão nova, extremamente criativa e livre de preconceitos em torno dos materiais poliméricos. O projeto Plástico do Bem dissemina conhecimentos de separação, limpeza e destinação correta de materiais plásticos pós-consumo entre estudantes da rede de educação fundamental. “O projeto Plástico do Bem é a mais bem estruturada campanha de Educação Ambiental básica que já chegou às ruas”, sentenciou Piazza, durante evento que abriu o calendário oficial de eventos do Simplás em 2019, em Caxias do Sul (RS).

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