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Óculos sustentáveis estão sendo feitos a partir de tubo de pasta de dente

Armação de óculos sustentável foi feita a partir de tubo de pasta de dente e uma sacola plástica

Uma parceria entre a Sagui, empresa paulista, e o Estúdio RatoRói, de Jaraguá do Sul-SC, resultou nos óculos sustentáveis. Apresentados no espaço Conexão Criativa e Comercial, esse foi um dos projetos do salão de design Inspira Mais, iniciativa da Assistencial. Quatro tubos de pasta de dente, descartados pela indústria, e uma sacola plástica geraram uma armação de óculos.

Quando o designer Felipe Madeira Pinto percebeu o alto preço dos acetados importados da ótica da família, começou a pesquisar material sustentável, há quatro anos. A sua ideia de utilizar tubos de pasta de dente foi inspirada em telhas produzidas com esse material. E foi em 2017, que soube que a RatoRói desenvolvia lâmina de sacola plástica.

A designer Flavia Vanelli, da RatoRói, explica que desde 2008 cria novas superfícies com materiais reciclados da recuperação de embalagens e sacolas plásticas. “Achei interessante agregar as duas tecnologias”, diz Felipe. “Hoje, produzimos óculos de tubo de pasta de dente e óculos de lâmina de sacola plástica com os tubos”.

Os tubos e sacolas são transformados em uma chapa, depois moldada e cortada nos formatos dos óculos, tanto de grau quanto de sol. “Quando eu olho para a sustentabilidade, eu não acredito que eu posso mudar o mundo, mas si, eu, você, todos”, afirma Felipe.

A produção é de 180 unidades mensais, com doze modelos. O diferencial é que a cor das armações depende do material. Por exemplo, prata, deve-se ao descarte da indústria do tubo natural, antes da impressão das marcas. A comercialização já acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro, além do e-commerce da marca. O custo de produção chega a ser 70% menor do que um óculos tradicional. Ao consumidor final, o preço gira em torno de 350 reais.

Além dos óculos, chinelos e dos tênis com solados encauchados, no espaço Conexão Criativa e Comercial 2020_II, ganharam visibilidade também produtos realizados com borra de café e aglutinantes naturais, além de biotecidos desenvolvidos a partir do cultivo de bactérias, tecidos e aviamentos naturais com tingimento vegetal, com sementes e itens naturais e bijuterias com fibras de curauá, que é chamado de papel da Amazônia.

Esses componentes originais com abordagens responsáveis, estão sendo produzidos por 24 empresas de diversas regiões do país que se destacaram no projeto Conexão Criativa e Comercial, com o qual Inspira Mais estimula novas gerações de valores que combinam elementos, como a sustentabilidade, pluralidade e tecnologia ao trabalho artesanal.

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