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Indústria do Plástico promove debate sustentável sobre embalagem, PVC biodegradável e plástico mineral

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. SINDIPLAST-RN organiza o Worktalk Embalagens, um evento focado em debater as tendências e inovações no setor de embalagens, filmes e bioplásticos compostáveis. A empresa ACG Packaging Materials desenvolveu um plástico biodegradável, chamado Bio D, que se decompõe em até dez anos. Químicos alemães melhoram plástico biodegradável para se decompor em 32 dias

Indústria do Plástico promove debate sustentável sobre embalagem, PVC biodegradável e plástico mineral

Inovações sustentáveis para embalagens

A presidente do SINDIPLAST-RN, Conceição Tavares, vestindo uma blusa azul escuro. Sua pele é parda e seus cabelos são marrons claros. A imagem representa a discussão a respeito das inovações em embalagens

Diante dos constantes debates acerca do desenvolvimento sustentável nas empresas, o SINDIPLAST-RN (Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico) realiza o Worktalk Embalagens. Um evento que busca dialogar sobre as tendências e inovações do setor de embalagens, filmes e bioplásticos compostáveis. 

A iniciativa, segundo a presidente do SINDIPLAST-RN, Conceição Tavares, surge como um momento importante para debates na indústria do plástico no Brasil. E por isso precisa de uma ampla abrangência. 

Assim, com relação a isso, ela pontua: “Entendo que essa é uma discussão que deve estar presente em vários segmentos, já que o plástico perpassa diversas áreas na nossa sociedade e está presente em todos os lugares”.

Desse modo, o evento estabelece como público-alvo os empresários e profissionais que desejam se aprofundar em tendências e inovações na indústria. Além disso, com o intuito de reunir o máximo de pessoas interessadas, os empresários associados ao SINDIPLAST-RN e presidentes de sindicatos também podem participar. O evento, ainda, estende o convite a diretoria da FIERN e a pesquisadores. 

Ressaltando a importância do evento, Tavares comenta: “Estamos promovendo esse evento para aprofundar ainda mais esse debate, porque o plástico é visto como um vilão, mas queremos mostrar que, com a consciência certa, podemos viver de forma sustentável. Por isso estamos trazendo também a questão do bioplástico, um material sustentável e de rápida decomposição”.

Sendo assim, Marcelo Anunciação, coordenador do departamento técnico de Desenvolvimento da indústria Karina Plásticos, uma das maiores do Brasil no setor, ministrará o Worktalk. Além disso, o coordenador tem formação como engenheiro químico e possui mais de 27 anos de experiência atuando no segmento termoplástico.

PVC biodegradável para embalagens de medicamentos 

Na imagem aparecem embalagens de medicamentos em cartelas

A ACG Packaging Materials, empresa do setor de embalagem plásticas, criou um plástico biodegradável que se decompõe em até dez anos em aterros. Para isso, a empresa desenvolveu uma tecnologia que insere aditivos na produção de um PVC de rápida decomposição, nomeado Bio D. Desse modo, depois do descarte, a ação de bactérias altera a estrutura química do material, e acelera sua degradação. 

Quando questionado sobre o objetivo da criação das embalagens o CEO da ACG Packaging Materials América Latina, Daniel Aymard, aponta a necessidade de resolver a questão dos resíduos na indústria farmacêutica. Pois os blisters, plásticos que envolvem cápsulas e pílulas de medicamentos, advir do PVC de vida útil curta, sua decomposição ainda leva mais tempo. 

Ainda, o CEO, conta: “Desde os anos 1960, quando a indústria começou a desenvolver soluções para as farmacêuticas, nossa consciência sobre a preservação do meio ambiente aumentou. Por isso, buscamos uma solução mais sustentável para essa realidade”.

Sobre a decomposição da nova embalagem, Aymard explica que as temperaturas em aterros variam de 25 ºC a 60 ºC, influenciando o tempo de decomposição do produto. Assim, na menor temperatura o PVC levaria dez anos para decompor-se, mas com a máxima, o tempo reduz para cinco anos. A ACG assegura que o produto passa a se degradar apenas em condições de temperatura, umidade e acidez. 

Uma das preocupações durante o desenvolvimento do produto, de acordo com o CEO, era manter a indústria produtiva ao manusear esse material. Isso porque, segundo ele, a produção se compara com a de um PVC convencional em todas as performances, garantindo assim uma adesão da indústria ao plástico biodegradável. 

Por fim, ele pontua que, apesar do custo de produção da embalagem atingir 25% a mais, para o cliente final o preço não aumentaria em relação as embalagens com PVC comum. 

Plástico biodegradável de rápida decomposição

Na imagem aparece o alemão que desenvolveu o plástico biodegradável de rápida decomposição

O químico alemão Helmut Cölfen criou com sua equipe, há alguns anos, um material plástico biodegradável, resistente e autocurável. Além desses benefícios, a produção do plástico acontece em temperatura ambiente, em água e sem solventes tóxicos.

Apesar do desenvolvimento ter acontecido há alguns anos, agora eles conseguiram fazê-lo decompor-se de forma natural. Essa novidade atrai a atenção da indústria, pois, anteriormente, os químicos encontravam resistência por conta de sua composição química. 

Nesse sentido, os pesquisadores encontraram uma nova forma de desenvolver o material, porém mantendo as propriedades do produto piloto. E para revelar a novidade, a equipe anunciou que o produto agora segue para sua geração mineral. 

Isso porque no lugar do petróleo, proveniente do ácido poliacrílico, agora eles usam o ácido poliglutâmico, um biopolímero natural disponível em abundância e completamente biodegradável.

Essa busca da base do desenvolvimento do material surge como uma afirmação da capacidade de biodegradação que se aplica ao novo plástico mineral. E assim, para alcançar esses resultados, os químicos contaram com a colaboração de David Schleheck e do pós-doutorado Harry Lerner, do Departamento de Biologia da Universidade de Konstanz.

Diante disso, Schleheck explica: “Helmut Cölfen desenvolveu um novo tipo de plástico mineral em seu laboratório, e nossa missão agora era fazê-lo desaparecer novamente com a ajuda de microrganismos”.

Quanto aos testes, os pesquisadores demonstraram que os microrganismos que vivem em solos florestais começaram a decompor o plástico mineral em poucos dias. E por fim, o plástico foi decomposto completamente em 32 dias. 

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