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Expectativa para 2020 é de crescimento tímido

Entidades comentam o que esperam para o mercado plástico em 2020

Durante o ano de 2019, trouxemos matérias sobre como o setor têm enfrentado a economia devido as novas reformas que estão sendo aprovadas, e de como os sindicatos pensam a propósito. 2020 tem tudo para ser um ano de expectativas positivas e de esperanças para que haja o reaquecimento da economia em todo o país, buscando gerar novas condições para os setores da indústria, com o 4.0 e o reaquecimento do mercado.

Conversamos com associações e sindicatos que representam a indústria plástica, para entender como o próximo ano tem sido visto para o mercado.

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A Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) possui para 2020 uma projeção de que o setor cresça cerca +1,5% em produção física. Segundo o presidente José Ricardo Roriz Coelho, essa expectativa se deve por conta dos acontecimentos que podem afetar positivamente o ambiente de negócios, como a aprovação da Reforma da Previdência e o encaminhamento da Reforma Tributária. “Permite um cenário mais promissor para o empresário, tal projeção indica boa recuperação em relação às estimativas para 2020”, explica.

Para Roriz, “as feiras são importante instrumento de disseminação de informações entre as empresas da cadeia produtiva, permitindo acesso a inovações, novas tecnologias e tendências. Acreditamos ser fundamental nossa participação em feiras, especialmente em um momento de previsão de investimento”. Em 2020 a ABIPLAST irá participar da Interplast, que ocorre em agosto, em Joinville/SC.

Roriz afirma que ainda é muito difícil fazer projeções com tantas variáveis que vivemos hoje. “Entramos no ano achando que o Brasil cresceria 2,5%, mas o país cresceu apenas 0,9%. Sabíamos de todas as dificuldades que as reformas trariam, mas esperávamos que a economia já estivesse deslanchando”, explica. A ABIPLAST entra em 2020 com otimismo, acreditando que agora o Brasil vai avançar no crescimento.

A ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) divulgou que houve um crescimento de 6% nas vendas de associados, frisando mais uma vez a importância das reformas para o país para que 2020 tenha um crescimento na economia. “Este ano tivemos muitos desafios e enfrentamos as muitas intempéries do nosso país e do mundo, mas estamos vencendo. Resistimos ao burocrático sistema tributário brasileiro, que cria brechas para um tipo de concorrência descompromissada com a lei e, portanto, desleal”, afirma o presidente Laercio Gonçalves.

Em relação as commodities, o resultado foi de 6,9% superior ao de 2018. E entre os plásticos de engenharia, a demanda foi 5,5% acima de 2018. “Foi mais um ano de economia fraca e, além disso, temos convivido com as campanhas diárias contra o plástico”, comenta Gonçalves.

No evento de encerramento do ano da associação, que ocorreu no último dia 5, em seu discurso, Gonçalves reforçou a importância da entidade: “Temos trabalhado para que a ADIRPLAST seja um instrumento capaz de transformar o debate dos desafios em ações que contribuam para um salto de qualidade em nosso setor”.

Máquinas e Equipamentos

Para a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equiapmentos), o ano de 2019 teve tímido crescimento, e para 2020 as demandas são no foco de melhorar a estrutura, com boas expectativas. “Nosso ano foi de crescimento tímido, porém positivo. Nós esperamos que a economia esteja mais consolidada, e que pautas como o Custo Brasil e as reformas sejam discutidas e colocadas para rodar, assim teremos mais folga para trabalhar”, comentou Amilton Mainard, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para Indústria do Plástico, da Abimaq.

A expectativa da ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais) é positiva, porém com ressalvas. Há expectativas para com o juto baixo, só que existe preocupações com o câmbio que tem flutuado. Christopher Mendes, diretor financeiro da ABIMEI comenta “em 2020 participaremos da feira AMTS (Automotive Manufacturing Tecnhology Show), é uma feita voltada para a indústria automotiva, com sua primeira edição”.

Christopher ressalta que apesar de 2019 ter sido um ano difícil, teve um crescimento de 40% na base dos associados. “Esperamos que a demanda reprimida da indústria possa ser superada com investimentos por conta do cenário mais positivo que esperamos”.

Sindicatos

Para o SIMPESC (Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina) em 2020 espera um aumento dos custos de matérias-primas, nas vendas do setor, na intenção de investir, de contratação de mão de obra, e no aumento da produção, com uma consequente queda nos estoques de matérias-primas e dos produtos finais.

Hoje o Estado de Santa Catarina é o segundo maior transformador de resinas plásticas do Brasil. “Estaremos realizando em Joinville a maior feira do setor plástico do sul do Brasil e da América Latina, que contará com uma área física de 21 mil m2 e que abrigará nada menos do que 550 expositores”, explica Albano Schmidt, presidente do sindicato.

Em março de 2020, o SIMPESC, vai iniciar o seu novo ciclo de gestão da diretoria até 2023, e já está desenvolvendo o planejamento estratégico para este novo período. No final de novembro, o sindicato lançou dois novos projetos de capacitação. São dois projetos desenvolvidos em parceria com a FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), SESI (Serviço Social da Indústria) e SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), sendo o primeiro para o desenvolvimento das empresas associadas, o Projeto Embarque Imediato, com participação de 10 empresas, desenvolvendo 50 profissionais no sentido de buscar maior produtividade e competitividade.

O segundo de capacitação, o Projeto Desenvolvimento de Líderes, com participação também de 10 empresas com 50 profissionais, sendo capacitados em gestão de processos.

Já para o Simplás (Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho), nesse momento, toda a economia e as expectativas do Brasil, se concentram na implementação das reformas que o governo vem buscando realizar. “A expectativa é de um crescimento do PIB na faixa de 1,5, uma recuperação na produção industrial. O maior risco parece estar na possibilidade de uma desaceleração mundial acima do esperado”, explica Gelson de Oliveira, presidente do Simplás.

As expectativas de 2020 para a América Latina, é que a situação no Chile, na Colômbia, no Peru e no Equador se estabilizem. Para o setor plástico, os mercados da Argentina, Chile e Colômbia são estratégicos no continente, e redução ou aumento da atividade industrial nesses países, têm impacto no Brasil. “A atualização da legislação trabalhista no Brasil, trouxe desafios á atividade associativa, com um momento de escassez de recursos e dificuldades de redimensionamento”, explica.

O Simplás busca reforçar o reconhecimento para a sua exclusiva e efetiva proposta de Educação Ambiental, inclusão social e economia circular, o projeto Plástico do Bem.

O sindicato busca ainda intensificar a atuação em sinergia com instituições de ensino, com Universidades e institutos. “O Simplás encontra-se particularmente preocupado com a sobrevivência e as condições de crescimento das empresas do setor em um mercado tão competitivo. Este é o maior desafio para a indústria brasileira como um todo, pois, além de conviver com uma carga tributária que extrapola os níveis mundiais, um custo logístico extremamente elevado, o setor plástico ainda precisa enfrentar o monopólio nos preços das resinas plásticas produzidas no Brasil”, argumenta Gelson.

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