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Empresas investem em biomateriais para produção de plástico

A ideia é utilizar biomassas a partir do bioetanol para fabricação de resinas, já que o insumo é o mais abundante no mundo

Com uma proposta sustentável, as empresas químicas japonesas, Asahi Kasei e Sumitomo Chemical, buscam produzir em massa matérias-primas plásticas a partir de bioetanol derivado de açúcar vegetal.

Até 2027, aproximadamente 20.000 toneladas por ano serão produzidas pela Asahi Kasei, com sede em Tóquio.

A princípio, o etanol pode reagir em um ambiente de alta temperatura com um catalisador para produzir as matérias-primas plásticas de etileno, propileno e tolueno em um único processo. 

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Com isso, a Asahi Kasei fez avanços no desenvolvimento de catalisadores e processos de produção para reações eficientes de etanol.

Segundo o presidente da Asahi Kasei, Koshiro Kudo, o bioetanol é o candidato mais abundante e barato para matéria-prima de biomassa. Ele é produzido pela fermentação de açúcares vegetais, com 100 bilhões de litros produzidos anualmente em todo o mundo.

Insumo brasileiro para produção de biomassa

Atualmente, a maior parte do bioetanol no mercado se deriva do milho nos Estados Unidos, onde os métodos de produção podem ser intensivos em carbono.

Para reduzir as emissões de dióxido de carbono, a Asahi Kasei está considerando o uso de bioetanol feito de cana-de-açúcar produzida no Brasil, país onde matérias-primas derivadas de plantas se usam como combustível durante a produção de bioetanol.

Assim, a empresa espera poder converter algumas de suas instalações fabris que produzem eteno a partir da nafta – uma substância inflamável derivada do petróleo bruto – em plantas de processamento de bioetanol.

Sobretudo, a empresa possui um total de 12 instalações no Japão que produzem eteno e outros produtos, incluindo uma operada em conjunto com a Mitsubishi Chemical.

Comercialização da tecnologia de bioetanol

Em preparação para a produção em massa em 2027, a Asahi Kasei está considerando oferecer sua tecnologia de bioetanol a outras empresas.

Sua meta inicial de produção de etileno de 10 mil a 20 mil toneladas representando menos de 1% do etileno produzido nacionalmente, a empresa considera a expansão da produção no futuro.

Enquanto isso, a Sumitomo Chemical espera estabelecer uma instalação de teste. Nesse sentido, a expectativa é de que se possa usar o bioetanol como matéria-prima para produzir químicos básicos. Assim, com comercialização prevista para o ano fiscal de 2025.

Sobretudo, os plásticos de biomassa representam menos de 1% da produção total de plástico, mas a demanda global deve crescer rapidamente. 

Segundo a European Bioplastics Association, a capacidade de produção foi de 2,21 milhões de toneladas em 2022. Isto é, um aumento de 24% em relação ao ano anterior. O número deve quase triplicar para 6,29 milhões de toneladas em 2027.

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