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Cenário de desafios para indústria do plástico

Presidente da APIP sugere que custo de energia seja subtraído a benefícios fiscais como medida para atenuar cenário de incertezas econômicas

Devido à alta nos preços de energia, o presidente da APIP (Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos), traz o cenário como dificultoso para a indústria do plástico.

Isso porque, para Amaro Reis, os preços são incomportáveis. Com isso, ele alega que toda cadeia de valor dos plásticos está próxima do fim ou de rescisão.

Reis explica que, hoje, as empresas que ficam sem contrato de energia, vão pagar entre cinco a seis vezes mais o preço que tinha no passado.

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A princípio, a APIP conta com 200 empresas associadas, e segundo Reis, embora o cenário negativo, nenhuma das associadas fecharam, até o momento.

No entanto, houve uma flexibilização na carga horária de trabalho. “Algumas empresas reduziram os horários, outras optaram por trabalhar em horários que a energia estivesse mais barata”, destacou o presidente.

Há solução para este cenário?  

indústria do plástico

Para Reis, a única forma de atenuar esse cenário, são as empresas investirem em energia fotovoltaica, e as que tem, reforçar.

Porém, muitas empresas da indústria do plástico atuam no turno noturno, o que inviabiliza a produção com esse tipo de energia. “Por mais que se queira, não se consegue ter uma totalidade da necessidade de energia através das fontes renováveis”, pontuou.

Existe uma solução a longo prazo para o dirigente, que não surtir efeito econômico agora, mas que seja válida para o futuro.  “É o custo de energia atual ser deduzido a benefícios fiscais”.

Além disso, defende que o Governo deve olhar para as empresas que, na área da reciclagem de plástico, contribuem para a economia circular.

Que gera redução dos resíduos e valorização destes, mas estão a ser afetadas, enormemente, pelo aumento de custos energéticos.

Reis diz: “Não sei até que ponto, também, este tipo de empresas podia ter algum benefício”. Uma vez que, possui compromisso ambiental relativamente à reciclagem.

A perda da competitividade

Sobretudo, de acordo com a APIP, o setor dos plásticos tem, em Portugal, 43 mil trabalhadores distribuídos por 1.150 empresas. 

Isto é, o volume de negócios é de oito mil milhões de euros, cerca de 4% do PIB.

Nesse cenário, a indústria do plástico perde muito quanto à rentabilidade e competitividade.

Segundo Modesto Araújo, proprietário da Vizelpas, em agosto do ano passado a fatura de eletricidade oscilava entre os 70 e os 80 mil euros. “Em agosto de 2022, passou para cerca de 300 mil euros”, declarou.

Dessa forma, ele equaciona “parar uma ou duas linhas de produção porque há produtos que deixam de ser competitivos”. Se permanecer assim, vamos parar e demitir pessoas”.

A Vizelpas, com 24 anos de existência, tem 210 funcionários e exporta 65% da produção.

O empresário finaliza dizendo que a incerteza atual, não permite que a empresa faça projeções positivas para o futuro.

Assim, como a perda de competitividade contribui para essa linha de pensamento.

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