O IGI (Índice Global de Inovação) revela que o Brasil assumiu a liderança na inovação entre os países da América Latina, e sua posição no ranking global alcançou para a 49º lugar, ultrapassando o Chile (52º) e tornando-se o 3º país mais bem colocado no BRICS.
No último ano, o Brasil estava em 54º lugar, mas em 2023 conseguiu subir cinco posições, de acordo com os dados divulgados na última quarta-feira, dia 27.
A divulgação é sempre feita pela OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), que tem sua parceria no Brasil com a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
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Além disso, divulgou que os primeiros cinco países na lista de melhores inovações são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura.
Investimentos em políticas públicas para inovação
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a posição do Brasil no IGI vem melhorando, mas existe um potencial inexplorado. Já que atualmente a economia brasileira é a 10ª maior do mundo.
A nação já está na liderança da corrida de tecnologia verde na América Latina, e tem potencial para tornar-se líder mundial.
Pois enquanto ele está em 16,1%, os EUA tem 14,9%, a União Europeia 14,3% e a China 15%.
Mesmo que sua posição tenha se elevado nos últimos três anos, o 49º lugar do Brasil é considera baixa, se medida em total potencialidade.
Portanto, para que continue avançando, precisa de investimentos em políticas públicas.
Os investimentos são defendidos pela CNI, “Precisamos de políticas públicas modernas e atualizadas e, para isso, o IGI tem o papel fundamental de auxiliar na compreensão dos pontos fortes e fracos do Brasil”, destaca Robson Andrade.
Para Andrade, a CNI e a MEI estão conscientes da importância de medir a inovação para viabilizar políticas eficazes, alcançar resultados sólidos em atividades de CT&I e promover o desenvolvimento social e econômico.
A importância do medidor para o desenvolvimento dos países
A CT&I (Ciência, tecnologia e inovação), são instrumentos fundamentais para o avanço em inovação, e por isso o IGI tornou-se um pilar para que fossem formuladas políticas voltadas a esses critérios.
Por isso, esse parâmetro e divulgação anual são interessantes para os governos dos países.
Pois, a partir disso podem analisar os resultados em matéria de inovação, e então criar políticas para melhorar o desempenho no índice.
Ao longo dos anos, o ranking obteve reconhecimentos como o do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
Isto, trouxe um aporte ao CT&I que tornou-se uma ferramenta crucial para a avaliação de inovação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Saiba como funciona o Índice e quais são os indicadores para definição das colocações
Em primeiro lugar, define-se o IGI como uma medição anual e mundial, que verifica o desempenho dos ecossistemas de inovação de 132 economias e identifica quais são as tendências globais em relação à inovação.
O cálculo acontece em duas categorias de indicadores que possuem pesos diferentes.
A posição no ranking é depende das classificações em “insumos de produção” e “resultados de inovação”.
O primeiro indicador, refere-se às condições e recursos disponíveis para apoio a atividades de inovação, ou seja, como tem sido gerido suporte para setores de educação, ambiente de negócios e recursos humanos especializados.
Enquanto a segunda categoria indica o desempenho dos países quanto a inovação produzida. Logo, refere-se a produções científicas, patentes, novos produtos, serviços e processos.
Portanto, para que haja o crescimento na escala de classificação, os dois devem estar com números altos.
O cálculo é complexo, mesmo que esteja dividido em dois tipos. Porque o Brasil, por exemplo, pode ocupar níveis diferentes em cada categoria.
Nessas divisões de medidores, este ano a nação está em 59ª no indicador de performances de insumos, e 49º no segundo.
Esses níveis indicam que o Brasil tem um desempenho maior do que a média dos indicadores de resultados de conhecimento e tecnologia. Se comparados com países com média alta que integram o índice.
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