Bioplástico de bagaço da laranja, vassouras feitas de garrafas plaśticas e jogos olímpicos sustentáveis
Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Estudantes realizaram projeto baseado na extração de bioplástico do bagaço da laranja. Empresário do Camboja desenvolve vassouras duradouras a partir de plásticos descartados. Comitê olímpico desenvolve ações sustentáveis para todo o evento, com foco para acomodações de plásticos reciclados
Bioplástico de bagaço da laranja, vassouras feitas de garrafas plaśticas e jogos olímpicos sustentáveis
Pesquisadores desenvolvem bioplástico do bagaço da laranja
Um grupo de estudantes liderado pela orientadora Jéssica de Macedo e pelo coorientador Reinaldo Blezer, realizou um projeto de conclusão de curso focado em soluções sustentáveis. O projeto nasceu na Etec (Escola Técnica Estadual) Trajano Camargo, em Limeira, na Região de Campinas.
No primeiro momento, a ideia consistia na redução de resíduos gerados a partir de produções industriais e petroquímicas. Sendo assim, os estudantes Gustavo dos Santos e Monick Souza desenvolveram um polímero biodegradável através da pectina do bagaço de laranja.
Dessa maneira, em relação ao tipo de polímero desenvolvido, os pesquisadores destacam que trata-se de um plástico filme, semelhante àqueles encontrados nos supermercados. E que, ainda, estão presentes na embalagem de frutas e outros vegetais. Porém, produzidos à base de pectina.
Sobre isso, Dos Santos explica: “É um açúcar que pode ser extraído do bagaço da laranja. Com a adição de outros reagentes químicos chegamos ao bioplástico. Ficou muito parecido com o filme plástico de PVC, tanto em aspectos visuais quanto aos relacionados à preservação de alimentos.”
Sendo assim, sob condições adequadas de iluminação e compostagem, pesquisas apontam que o tempo de decomposição desses plásticos sofrem diminuição para cerca de seis meses.
Quanto aos desafios, o pesquisador enfatiza que um dos principais objetivos encontrados pela dupla para desenvolver o polímero foi o tempo escasso, sendo dois dos três semestres do curso. Frente a isso, a orientadora elogia: “Eles superaram os obstáculos com sucesso, evidenciando o comprometimento e a dedicação para com as atividades propostas”.
Além do destaque local do projeto, ele também chamou atenção em âmbito nacional pela seleção 11ª Mostra de Ciências e Tecnologia Instituto 3M, realizada em novembro de 2023. Com isso, alcançaram uma posição entre os 100 finalistas.
Garrafas de plástico transformadas em vassouras
Com o intuito de diminuir o descarte incorreto do plástico em sua comunidade e cooperar com a realização de ações sustentáveis, o empresário cambojano Has Kea, de 41 anos, comprou as garrafas de plástico que iriam para o lixo. O intuito do empresário era transformá-las de forma criativa, o chamado upcycling.
A partir daí, o trabalho passou a acontecer em um pequeno armazém na capital do Camboja. No local, um grupo de trabalhadores desfaz as garrafas de plástico em tiras, transformando-as em cerdas para vassouras, das quais produzem 500 por dia.
Sendo assim, reunem-se as tiras de plástico em uma máquina, depois passam por um amolecimento em água quente. Em seguida acontece o corte uniforme para, enfim, chegar ao cosimento com fios de metal.
Com isso, nos últimos 11 meses, calcula-se cerca de 40 toneladas de garrafas de plástico transformada. Isto, é, somando cerca de 5000 garrafas por dia, transformando-as em vassouras. Segundo eles, esse tipo de vassoura mostram-se mais robustas do que as normais. Como resultado, a venda acontece por 10.000 riel (cerca de 2,50 euros) e 15.000 riel (3,50 euros) cada.
Diante disso, um monge budista, cujo templo já comprou 80 vassouras, comentou: “Esta vassoura é bastante sólida, não é fácil de partir”.
Para a produção sustentável, Has Kea compra garrafas de plástico vazias dos coletores e dos depósitos de resíduos. Perante as grandes ofertas, ele mostra-se confiante na longevidade do seu negócio. Bem como mostra-se aberto à entrada de concorrentes no mercado.
Jogos olímpicos com assentos sustentáveis
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 revelou uma iniciativa inovadora ao oferecer acomodações sustentáveis aos espectadores. O princípio, o anúncio destaca o uso de 11 mil assento fabricados a partir de plástico reciclado.
Dessa maneira as novas instalações permanecem em locais-chave, incluindo a Arena Multiuso, localizada nas proximidades da icônica Torre Eiffel, e no Centro Aquático Olímpico.
Com essa ação busca-se promover práticas ambientais conscientes durante o evento esportivo internacional. Além disso, visa demonstrar um compromisso com a sustentabilidade. Em consonância com o movimento global de sustentabilidade, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão empenhados em realizar a edição mais ecológica da história do evento.
Sendo assim, em colaboração estreita entre o Comitê Olímpico Internacional e a prefeitura de Paris, os esforços estão direcionados para iniciativas que visam a conservação de energia, renovação e inovação. E ainda, contam com mais de 8 mil desses assentos ecológicos já instalados nas arenas.
De acordo com Marius Hamelot, fundador da Le Pavé, empresa encarregada da produção dos assentos, a obtenção do plástico acontece através de parcerias estabelecidas com recicladores.
De modo que diversos plásticos fazem parte da produção, abrangendo desde poliestireno proveniente de frigoríficos até frascos de shampoo. Assim, a tonalidade final do assento determina-se pelo tipo específico de plástico utilizado.
Os Jogos Olímpicos de Paris estão agendados para iniciar em 26 de julho de 2024. O Ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, prevê a participação de aproximadamente 300 mil pessoas na cerimônia de abertura do evento.
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