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Cientistas descobrem larva capaz de comer plástico

Na última semana, foi descoberta uma larva capaz de comer polietileno, um dos materiais plásticos mais resistentes, utilizado em embalagens e conhecido como PET. Trata-se da larva da traça grande da cera, também conhecida como a traça do favo do mel.

Com o acúmulo de materiais plásticos jogados no oceano, essa larva poderá auxiliar no processo de biodegradação desse poluente que pode levar séculos para se decompor no meio ambiente e é responsável pela produção de cerca de 80 milhões de toneladas de polietileno produzidas no mundo, segundo estimativas de pesquisadores que participaram do estudo da revista americana Current Biology. Além disso, cientistas acreditam que possa haver até 100 milhões de toneladas de materiais plásticos nos oceanos.

“Os dejetos plásticos são um problema ambiental mundial, sobretudo o polietileno, particularmente resistente e que muito dificilmente se degrada naturalmente”, explicou a cientista Federica Bertocchini, do Centro Espanhol de Pesquisa Nacional (CSIC), autora da descoberta desta larva, a “Galleria mellonella”, conhecida como traça da cera.

Essa larva foi criada para servir como isca para pesca, e é um parasita das colmeias que se alimenta da cera das abelhas em toda a Europa.

Os cientistas puderam perceber com essa descoberta que o processo é rápido. Em uma experiência feita com um saco plástico de um supermercado no Reino Unido, que foi exposto a uma centena das larvas, os insetos destruíram o plástico em menos de uma hora.

Os responsáveis por essa descoberta acreditam que a larva da traça da cerca não somente ingere o plástico, como também o transforma, ou faz a quebra quimicamente, com uma substância produzida por suas glândulas salivares.

“Uma das próximas etapas será tentar identificar esse processo molecular e determinar como isolar a enzima responsável” explicaram os autores.

Segundo Paolo Bombelli, um dos principais coautores deste trabalho, “essa descoberta poderia ser uma ferramenta importante para eliminar os dejetos de plástico polietileno que se acumulam nos lixões e nos oceanos”.

Fonte: ISTOÉ

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