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Moradia sustentável com plástico reciclado, projeto transforma de resíduos plásticos em carvão e bio-óleo e loja sustentável

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. ONG constroi casa com blocos de plástico reciclado, contribuindo com a sustentabilidade e com habitação social. Projeto de pesquisa conduzido pela UFES transforma plástico em carvão e bio-óleo útil para indústria. Loja O Boticário abre sua primeira loja sustentável em Palmas, junto com o programa BotiRecicla

Moradia sustentável com plástico reciclado, projeto transforma de resíduos plásticos em carvão e bio-óleo e loja sustentável

ONG desenvolve moradia sustentável com plástico reciclado

Um novo tipo de moradia, conhecida como Eco Sustentável, tem se destacado como uma alternativa inovadora para comunidades periféricas. Feita a partir de blocos de plástico reciclado, cada unidade contribui para recolher cerca duas toneladas de resíduos. 

Em São Paulo, a primeira dessas residências foi entregue em Carapicuíba durante o segundo semestre de 2023. Ainda, o projeto prevê entregar pelo menos cinco casas do mesmo modelo este ano. 

A princípio, destacam-se a durabilidade das casas, que possuem vida útil de até 20 anos. Assim como, a rapidez de montagem, com estrutura sendo erguida em até 15 horas. Isso acontece graças ao encaixe fácil dos blocos de plástico, comparados pela ONG a peças de lego. Com todos os detalhes finalizados, a casa pode ser entregue completamente pronta em apenas 10 dias.

Diante disso, Ygor Santos Melo, gerente Social da Teto no Brasil, parceira da TECHO, organização chilena especializada em habitação social, ressalta: “Oferecem condições para que famílias saiam do chão de terra batida, barracos de madeira, e migrem para uma moradia segura”.

Além disso, a sustentabilidade também se estende à cobertura das casas, pois tem elaboração a partir de telhas recicladas advindas de caixas de leite e creme dental.

Frente a isso, a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Denise Duarte, pontua: “O material é uma parte da história, com certeza uma parte importante, mas também o desenho da unidade individual, do conjunto. Esse arranjo também é um elemento que faz toda a diferença”.

Quanto à seleção dos locais de construção, Melo explica que a escolha dos locais e famílias beneficiadas segue critérios estratégicos e cartográficos. De modo a priorizar aquelas em maior situação de fragilidade. Esse processo tem acompanhamento de perto por lideranças comunitárias, que utilizam um questionário socioeconômico desenvolvido em parceria com a FGV. 

Pesquisa na UFES transforma de resíduos plásticos em carvão e bio-óleo

Na imagem há uma pessoa segurando garrafinhas plásticas, ao fundo, desfocado, há árvores

A UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) está conduzindo uma pesquisa que converte resíduos plásticos, principalmente o PET, em carvão e bio-óleo. Além da contribuição inovadora do projeto, ele alcançou o segundo lugar no Prêmio Biguá de Sustentabilidade em 2023. Assim, concretizando-se como um dos mais importantes no campo da sustentabilidade no Espírito Santo. 

Para explicar a iniciativa, a pesquisadora e doutoranda Gabriela Cupertino, esclarece que o projeto vai além do tratamento convencional de resíduos. Mas também proporciona uma nova utilidade aos plásticos por meio de métodos inovadores. O foco do projeto premiado está na co-pirólise de dois materiais distintos: madeira e garrafas PET.

A co-pirólise trata-se de um processo termoquímico que envolve a decomposição térmica simultânea de dois ou mais materiais orgânicos na ausência de oxigênio. Nesse processo, os materiais ficam sob altas temperaturas, resultando na produção de produtos gasosos, líquidos e sólidos.

Diante disso, Cupertino afirma: “Nosso objetivo não é apenas gerar esses materiais, mas mostrar que a reciclagem é uma porta de entrada para a criação de novos produtos e geração de renda”. 

Quanto às perspectivas futuras do projeto, inclui-se o aprimoramento contínuo do processo de co-pirólise para torná-lo mais aplicável na indústria. Além disso, chegaram à conclusão que o carvão produzido tem utilização na indústria siderúrgica. De maneira a contribuir não apenas para a redução de resíduos, mas também para a geração de insumos úteis em diferentes setores econômicos.

O projeto contou com parcerias internacionais, como a coorientação à doutoranda de professores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. Bem como, a pesquisadora executou uma parte do projeto na Universidade de Córdoba, na Espanha, sob a supervisão do professor Rafael Luque.  

O Boticário inaugura primeira loja sustentável em Palmas

No dia 26 de janeiro, Palmas, reconhecida por suas práticas de turismo sustentável e preservação do cerrado tocantinense, recebeu uma iniciativa socioambiental. Foi inaugurada a primeira loja sustentável de O Boticário no Tocantins, localizada no Atacadão, na região sul da cidade.

A princípio, o diferencial desse espaço refere-se a sua construção a partir de uma tonelada de plástico reciclado, proveniente dos programas de reciclagem liderados pelo O Boticário. Com 20,9 m² e um formato de container, a tecnologia empregada consiste em captar o plástico descartado, triturá-lo e transformá-lo em blocos sustentáveis.

Essa iniciativa inovadora reforça o compromisso de O Boticário com a capital do Tocantins. Pois contribui para o desenvolvimento de uma cidade sustentável e circular. Além disso, a loja busca revolucionar a experiência do varejo tecnológico, alinhando-se aos códigos contemporâneos de consumo voltados para a sustentabilidade.

Diante disso, Rafael Pedreira, Diretor Comercial do Grupo Nícia, franqueado de O Boticário em Palmas, destaca a importância da inovação para a cidade: “Ficamos felizes em trazer essa inovação para Palmas, já que a nossa capital é reconhecida mundialmente pelo engajamento com a sustentabilidade”.

A nova unidade, assim como as outras oito lojas de O Boticário na capital, adota o programa BotiRecicla. Um programa que oferece coletores para o descarte de embalagens de cosméticos vazias, de qualquer marca e em qualquer época do ano. 

Assim, proporcionando descontos na loja para os clientes cadastrados no Clube Viva. Bem como contribuir com o meio ambiente, o consumidor também consegue benefícios. 

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