Um estudo produzido pela CNI em parceria com a Funcex (Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior), chamado de CAC (Coeficientes de Abertura Comercial), busca avaliar o fluxo de comércio internacional. Isto é, a cada ano determinam a integração da indústria brasileira com o mercado exterior, que passa por alterações nos campos de importação e exportação.
O estudo conta com coeficientes que medem detalhadamente os pontos percentuais em participação, utilização, vendas e receitas.
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Assim, o destaque foi para o percentual de exportação, que subiu de 18,6% em 2021 para 20,3% em 2022, mostrando a relevância do mercado externo para a indústria brasileira.
Bem como, sobressaiu o crescimento de importados no mercado brasileiro e o recorde na produção de insumos.
A importância da apuração detalhada
Cada coeficiente é necessário para detalhar e ajudar a compreender a inserção do brasileiro na exportação e na importação.
Sendo os quatro representados por: o coeficiente de penetração de importações, coeficiente de insumos industriais importados, coeficiente de exportação e coeficiente de exportações líquidas.
Os dois primeiros avaliam e analisam, respectivamente, a participação dos produtos importados no consumo do Brasil, e a relação entre a utilização dos insumos importados e dos insumos adquiridos pela indústria.
O coeficiente de exportação mede a participação das vendas externas no valor da produção da indústria de transformação da indústria de transformação.
O último revela a diferença entre as vendas de produtos e as despesas relacionadas a importações industriais. As receitas e despesas medem-se em relação ao valor total da produção de uma determinada indústria ou setor econômico.
As posições dos setores e o destaque entre eles
O crescimento aconteceu, principalmente, na participação das exportações internas, tendo como destaque o setor de celulose e papel.
Embora a maior parte dos setores da indústria tenha aumentado a participação.
Ao todo, foram feitas 23 avaliações em setores diferentes, o de celulose e papel registrou um aumento na produção do mercado externo, de 6,5 p.p, de 37,9% em 2021 para 44,3% em 2022.
Sendo assim, dentre os outros setores com altas estão, o do fumo com 10,2 p.p; madeira sendo 3,2 p.p.; veículos automotores 2,7 p.p. e alimentos em 2,7 p.p.
Isso se deu, porque o crescimento da demanda interna cresceu e o mercado internacional estimulou a produção doméstica.
A consumos e o uso dos dos insumos também sofreram alta
Por outro lado, a participação dos produtos estrangeiros no consumo nacional foi recorde pelo segundo ano passado consecutivo, pois ainda que tenha desacelerado se comparado entre o índice de 2020 e 2021, aumentou em 1,1 p.p em 2022.
Da mesma forma, para o uso de insumos industriais importados pela indústria brasileira, o registro foi de recorde, uma vez que a matéria-prima importada cresceu e o consumo de insumos domésticos reduziu.
A proporção de insumos estrangeiros em relação ao volume total utilizado pela indústria de transformação é quantificada pelo coeficiente de insumos industriais importados.
Esse coeficiente registrou um aumento moderado de 0,6 ponto porcentual, passando de 24,5% em 2021 para 25,1% em 2022, quando se consideram preços constantes.
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