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Gargalos para micros e pequenas indústrias

Empresários apontam a elevada carga tributária e taxas de juros como principais motivos que dificultam o crescimento de micro e pequenas indústrias no Brasil

O desempenho, situação financeira, confiança e perspectiva das micros e pequenas indústrias brasileiras seguem em queda para 2023. Isso porque, o PPI (Panorama da Pequena Indústria), da CNI, registrou baixa nos quatro indicadores no último trimestre de 2022.

Embora isso, os indicadores se mantiveram acima da média histórica. Além disso, entre os principais problemas, nos últimos meses do ano passado, empresários relataram insatisfação com acesso ao crédito e com a taxa de juros.

Dessa forma, o Índice de Desempenho fechou o quarto trimestre de 2022 com 44,3 pontos. 

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Quando comparado com o mesmo período no ano anterior (47,4 pontos), o indicador apresenta uma redução de 3,1 pontos. A média histórica é 43,8 pontos.

Segundo Paula Verlangeiro, analista de Políticas e Indústria da CNI, esse recuo nos últimos três meses de 2022 é uma questão sazonal.

Ela explica: “Foi mais brando que o observado na média histórica do período. Essa queda ocorreu após um terceiro trimestre de desempenho positivo para a pequena indústria”.

Sobretudo, esse levantamento da CNI mostra ainda mudança no ranking dos principais problemas das pequenas indústrias. 

Depois de quase dois anos, oscilando no top 3 de principais problemas, a falta ou alto custo de matéria-prima deixou de ser o principal incômodo. Isso porque, nos últimos meses de 2022, os empresários reclamaram mais da elevada carga tributária e das taxas de juros. 

Outros desafios que se destacaram nesse período foram a demanda interna insuficiente, burocracia excessiva, competição desleal e dificuldades na logística de transporte.

Insatisfação quanto o acesso ao crédito

Fechando 2022 com 43 pontos, o Índice de Situação Financeira apresentou uma queda bem pequena entre novembro e dezembro de 2022, de apenas 0,7 ponto.

Quando comparado com o mesmo trimestre de 2021, este ano apresentou um aumento de 1 ponto.

Assim, empresários dos três setores: construção, transformação e extrativa, relataram estar mais insatisfeitos do que antes com o acesso ao crédito. 

Para a CNI, o acesso ao crédito é fundamental para o desempenho das MPEs, seja para reestruturação ou para a expansão dos negócios.

Fábio Guerra, gerente de Política Econômica da CNI, reforça que: “O cenário do mercado de crédito é desafiador, por conta, principalmente, do elevado nível da taxa de juros”.

Por isso, ele acredita que é ainda mais importante que as micro e pequenas empresas busquem orientação adequada no momento de busca por financiamento ou empréstimo.

Segundo ele, conhecer bem as informações envolvidas nesse processo pode ser decisivo no sucesso da contratação do crédito e nas condições desta contratação.

Isto é, no que se refere aos termos de taxa de juros, prazos, carências, garantias, entre outros pontos.

A falta de confiança no 3º trimestre de 2022

O indicador de confiança das micros e pequenas indústrias também apresentou queda no último trimestre do ano passado e registrou 48,8 pontos. 

É a primeira vez desde julho de 2020 que MPEs industriais relatam falta de confiança. A CNI acredita que isso pode influenciar na tomada de decisão deles na hora de realizar investimentos e contratações futuras.

Nesse sentido, as perspectivas para os próximos meses também estão abaixo da linha de 50 pontos.

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