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Braskem desenvolve embalagem que detecta alimento impróprio para consumo

Quando passa do ponto, caixa muda de cor para sinalizar

Ao analisar o mercado, a Braskem identificou que atualmente, existem poucas formas de indicar que o produto disposto na prateleira do supermercado está impróprio para o consumo – apenas a data de validade e algum aspecto do produto, como cheiro e aparência. Para evidenciar com precisão o que está dentro do pacote, como que está realmente o produto, a maior produtora de matéria-prima para plástico do mundo desenvolveu uma embalagem que muda de cor quando o alimento passa do ponto de consumo.

Para exemplificar, a Braskem cita um peixe que está estragado, que quando está nessa condição libera gases com composição química que tem semelhança com a amônia. Ao liberar esses gases, a bandeja que armazena o produto mudaria de cor: sai da amarela e vai para a azul. Essa solução é uma novidade no Brasil, mas não tanto fora do país – nos Estados Unidos e Europa existem etiquetas inteligentes que funcionam como alerta vermelho em embalagens e indicam a condição do produto.

A tecnologia que a Braskem apresenta vai além, pois entre outras coisas, simplifica o processo de embalar milhares de produtos por hora – inserir uma etiqueta inteligente em cada pacote significa uma etapa a mais no processo, bem como demanda tempo e investimento maiores. Na solução que a Braskem oferece a embalagem é toda inteligente e dispensa qualquer etiqueta.

Faz cinco anos que a empresa desenvolve essa tecnologia. Conseguir fazer a substância detectar o estrago nos alimentos e resistir às altas temperaturas que são típicas da fabricação do plástico é a grande inovação dos pesquisadores até o momento. Essa substância, em forma de pó, é misturada à resina – que pode ser PVC, EVA, entre outras – com essas altas temperaturas e mesmo assim, permanece ativa.

Essa substância é mantida em segredo pela Braskem – seu nome e como ela sobrevive são um sigilo da companhia, além do custo do invento. Até o final de julho ela buscava os primeiros clientes para oferecer as novas embalagens revolucionárias. Márcia Pires, pesquisadora do centro de tecnologia e inovação da Braskem resume o mistério entorno da fabricação: “Trabalhamos para que a solução seja competitiva”.

Sobre a Braskem

A Braskem foi criada em agosto de 2002, pela integração de seis empresas da Organização Odebrecht e do Grupo Mariani. Está inserida no setor químico e petroquímico, tem participação relevante em inúmeras cadeias produtivas e é essencial para o desenvolvimento econômico. A química e o plástico, nesse contexto, contribuem na criação de soluções sustentáveis para a melhoria da vida das pessoas em setores como moradia, alimentação e mobilidade. Atualmente é a maior produtora de resinas termoplásticas nas Américas e maior produtora de polipropileno nos Estados Unidos. A produção é focada nas resinas de polietileno (PE), polipropileno (PP) e policloreto de vinila (PVC), além dos insumos químicos básicos que também são produzidos na empresa como eteno, propeno, butadieno, benzeno, tolueno, cloro, soda, solventes, entre outros, que compõem um dos portfólios mais completos do mercado, e isso incluí o polietileno verde, que é produzido a partir da cana-de-açúcar e que tem origem 100% renovável.

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