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Aumento dos custos industriais

O aumento dos custos industriais, registrou um aumento de 4% no quarto trimestre de 2023 em relação ao ano anterior, o crescimento superou o IPP do IBGE. Os custos industriais marcam 30,1% acima do nível pré-pandemia

Aumento dos custos industriais

Um aumento no ICI (Indicador de Custos Industriais) da CNI (Confederação Nacional da Indústria), encerrou a constante de cinco quedas. E com isso demonstrou uma alta de 4% no quarto trimestre de 2023 em comparação ao trimestre anterior, assim encontra-se acima do IPP (Índice de Preços do Produtor), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Na imagem aparece um homem com camisa social, ele tem pele branca e barba preta, também usa um capacete e um fone de proteção. ele está em uma indústria. A imagem representa o aumento dos custos industriais

Sendo assim, diante do aumento registrado, os custos industriais ficam 30,1% acima do patamar pré-pandemia. Além disso, o indicador mede os gastos do setor industrial com a produção, que engloba energia, pessoal e insumos, tanto com o capital, quanto com o custo tributário. 

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Enquanto isso, os custos tributários aumentaram 10,3% em relação ao quarto trimestre de 2023 com o anterior. Já o custo de produção subiu 3,9% e o custo capital caiu 5,6%. No entanto, esta queda não foi capaz de reverter a alta dos outros componentes do índice. 

Desse modo, segundo Paula Verlangeiro, economista da CNI, o aumento dos custos industriais acima do IPP, que avalia os preços das mercadorias vendidas pela indústria de transformação, resultou em uma queda de 2,4% no índice de lucratividade da indústria brasileira no quarto trimestre de 2023.

Perante isso, ela explica: “Esse movimento ocorreu dado que a alta de preços das mercadorias vendidas pela indústria de transformação, de 1,5%, foi menor que o aumento de custos industriais, de 4%”.

Impacto dos três componentes 

Já em relação ao custo de produção, os três componentes mostraram alta na transição trimestral, do terceiro para o quarto. A princípio, o primeiro componente, de custo com pessoal, apareceu com a maior contribuição para o crescimento do índice, subindo para 13,1% no trimestre 

Com isso, Verlangeiro, analisa: “O aumento do custo com pessoal foi influenciado pela alta da massa salarial. Embora seja um movimento sazonal, típico do quarto trimestre do ano, este foi o terceiro aumento consecutivo da massa salarial, que pode ser explicado pelo mercado de trabalho aquecido”.

Enquanto isso, o custo de bens intermediários cresceu 1,7% por conta do aumento de 2,3% do custo com bens intermediários nacionais. Tendo em vista que o custo dos insumos importados apresentou uma queda de 1,9%

Adicionalmente, o custo de energia registrou alta de 3%, devido ao crescimento das despesas com energia elétrica, óleo combustível e gás natural. Isso em comparação com os dois últimos trimestres de 2023. 

Sendo assim, frente a estes movimentos, o custo de produção ficou 46,6% acima do patamar pré-pandemia, isto é, comparado ao primeiro trimestre de 2020. 

Perspectivas sobre o custo tributário 

O custo tributário, no entanto, demonstrou alta de 10,3% na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2023. Este indicador mede o total pago em tributos federais e estaduais pela indústria divididos pelo PIB industrial. 

Assim, explica-se a alta do trimestre, sobretudo pela sazonalidade da arrecadação tributária do último trimestre do ano, que tende a ser mais elevada. Mesmo levando em conta esse aspecto, em comparação com o quarto trimestre de 2022, o ônus tributário registrou um aumento de 5,5%.

Do mesmo modo, embora o trimestre tenha notado um aumento, o custo tributário encontra-se mais baixo do que o percebido na pré-pandemia. Isso porque entrou em vigor a Lei Complementar 194/22, que limitou e reduziu alíquotas de ICMS, imposto cobrado sobre mercadorias. 

Além disso, há o impacto da entrada em vigor do Decreto 11.158/22, que reduziu permanentemente a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em até 35% para a maioria dos produtos fabricados pela indústria brasileira.

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