Recorde em produção de plástico pós-consumo
Segundo levantamento, em 2021 foram consumidas 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos na reciclagem, desse total, 1,1 milhão de toneladas eram de plástico pós-consumo
No ano passado, a produção de plástico reciclado pós-consumo teve um crescimento de 14,7%, totalizando 1 milhão de toneladas. Além disso, a reciclagem destes resíduos plásticos pós-consumo ficou em torno de 23,4%, como aponta pesquisa sobre reciclagem mecânica feita pelo PICPlast.
Essa pesquisa além de ser encomendada pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, contou com a parceria entre a ABIPLAST, representante do setor plástico e a petroquímica Braskem.
De acordo com o estudo, foram consumidas 1,5 milhão de toneladas de resíduo plástico na reciclagem em 2021, um crescimento de 13,2% em relação a 2020.
Desse total, pouco mais de 1,1 milhão de toneladas são de plástico pós-consumo.
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Outras 405 mil toneladas de plástico originam-se de resíduos pós-industriais, como sobras dos processos da indústria petroquímica, de transformação de plásticos e da própria reciclagem.
Dessa forma, do total de resíduos consumidos na reciclagem, 1.070 mil toneladas referem-se aos utensílios de uso único.
Ou seja, a categoria que representa as embalagens rígidas e flexíveis, além de outros tipos de descartáveis, representando 67,4% do montante reciclado em 2021.
Segundo Solange Stumpf, sócia da Maxiquim, os resíduos consumidos provenientes de artigos de uso único perderam proporcionalmente participação no total consumido em relação a 2020.
Por isso, Stumpf destaca que: “Uma das hipóteses para isso é uma diminuição na utilização dos utensílios plásticos mais presentes durante a pandemia como, por exemplo, copos, talheres, recipientes para alimentação”.
Processamento e perda dos resíduos
A princípio, as 1,5 milhão de toneladas de resíduo plástico consumidas chegaram às recicladoras por meio dos sucateiros (27%), beneficiadores (21%).
Bem como, empresas de gestão de resíduos (11%) e cooperativas (10%), entre outros.
Com isso, o principal motivo de perdas no processamento ainda é a contaminação da sucata plástica com materiais indesejados, que ocorre pela dificuldade na etapa de triagem.
Além disso, materiais como adesivos, sujeira orgânica e, dependendo do material, cores indesejadas, contribuem para o descarte da sucata adquirida.
No total, foram 188 mil toneladas de material perdido durante os processos de reciclagem, um aumento de 11,4% em comparação a 2020.
Tendo o PET como o material que mais sofreu perdas, devido também ao seu volume de consumo.
Um setor em recuperação
2021 foi um período de transição para a indústria de reciclagem brasileira. Foi possível observar uma recuperação da indústria, frente à desaceleração causada pela pandemia de Covid-19.
Assim, simultaneamente, pelo início de um movimento de consolidação no mercado, com a formação de empresas de grande porte.
Portanto, em termos de faturamento bruto, houve um crescimento de 64,9% nos últimos três anos.
O número de empresas do setor, contudo, diminuiu 5,4% comparado ao primeiro ano de estudo, em 2018.
E quando comparado com 2020, o índice de plásticos pós-consumo reciclados registrou leve aumento percentual, que foi de 23,1% para 23,4%.
Com isso, a sócia maxiquim, finaliza dizendo que: “Acreditamos que a produção de plástico pós-consumo deve continuar a subir nos próximos anos, ajudando também no crescimento do índice de reciclagem”.
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