Violinos de plástico são usados em Orquestra
O projeto da Orquestra Plástica do Neojiba conta com o apoio da Braskem, que oferece quilos e quilos de plástico que seria descartado – resultado de construções – para ser transformado em instrumento musical
Plástico também é um meio de promover a música! Difícil acreditar? Então leia só essa novidade. Na Bahia, plástico tem sido usado para produzir instrumentos musicais. A Orquestra Plástica do Neojiba é uma tradição que visa à promoção da música, o resgate social dos adolescentes e, para completar, a sustentabilidade.
Por causa do projeto Orquestra Plástica Neojiba, quilos e mais quilos de tubos de PVC que sobram em construções deixam de ir para o lixo para produzir arte nas mãos das crianças e adolescentes. A grande parceira dessa iniciativa é a Braskem, que além de oferecer a matéria-prima, ainda patrocina o projeto.
A Orquestra de Neojiba está localizada na cidade de Simões Filho, que por causa dos adolescentes musicais já ganhou repercussão nacional. O fato de que todos os violinos são de plástico é uma curiosidade de atrai a atenção das pessoas e faz com que o interesse pela orquestra seja ainda maior. Além, é claro, do talento desses jovens!
De acordo com Juliana Almeida, coordenadora de desenvolvimento institucional dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), o projeto dessa orquestra surgiu como estratégia para poder ampliar o acesso à prática musical de mais crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Mas a ideia de transformar plástico em música começou mesmo em Angical, extremo oeste baiano, com Natan Paes, 33: “Abri a escola Filarmônica Filhos do Oeste, mas alguns estudantes não tinham condições de comprar os instrumentos. E bancar sozinho também ficaria difícil. Como não tinha patrocínio, resolvi produzir por conta própria”.
Inspirado na iniciativa de Natan, o Neojiba criou um violino de plástico. O protótipo foi bem aceito e em 2013 a Braskem começou a patrocinar a iniciativa. “Além de reunir todos esses pilares, é uma ideia inovadora essa, que dá uma nova destinação ao plástico PVC pós-consumo”, ressalta Hélio Tourinho, um dos gerentes da empresa.