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Plásticos digeridos por bactérias, paletes de plástico e plástico feito de planta

Plástico pelo mundo: Pesquisadoras do Canadá desenvolvem um tipo de bactéria que ajuda na transformação de plásticos resistentes. Hoganas Brasil, apresenta os benefícios do uso dos paletes de plástico. Universitários de Portugal pesquisam uma nova matéria-prima para fabricar plástico.

Pesquisadores criam bactérias que decompõem plásticos

Duas estudantes canadenses desenvolveram um tipo de bactéria que transforma plástico em CO² e água. A princípio, Miranda Wang e Jenny Yao começaram a pesquisa na escola, que se transformou na criação da empresa BioCellection. 

Sendo assim, em 2015 a empresa nasceu e definiu como objetivo a recuperação e transformações dos plásticos de difícil reciclagem, e aqueles não recicláveis. 

Além disso, os outros benefícios sustentáveis, como a criação entregou às pesquisadoras cinco prêmios, que as tornaram as jovens mais novas a receberem o Prêmio Perlman de Ciência. 

Sendo assim, sobre a ação da bactéria, elas explicam que a bactéria age como uma espécie de ácido que dissolve o plástico, utilizando as enzimas para quebrar seus componentes e em pequenas partes. Esse processo torna o material mais maleável. 

Em seguida, quando as partes estão menores, seguem para uma estação biodigestora. Neste local, elas passam por um processo de compostagem por 24 horas, onde acontecesse a diluição do plástico.

Desse modo, a nova técnica se apresenta como um alternativa a mais para destinação dos plásticos resistentes ou não recicláveis. Assim como seus a reutilização acontece de outras formas, cooperando com a economia circular. 

Ainda, as estudantes pontuam que esse processo é barato e diminui a pegada de carbono. Já para a economia, essa estratégia também multiplica o valor do plástico, bem como incentiva a coleta dos resíduos e a destinação adequada. 

Paletes de plástico como solução ecológica 

A operação da Hoganas utiliza paletes de plástico como alternativa para o uso da madeira. A empresa localizada no Brasil, adotou o uso na planta de Mogi das Cruzes, como uma forma de tornar a operação mais sustentável. 

Primeiramente, a empresa pontua que o uso dos paletes de plástico visam solucionar três questões importantes: 

  • Reduzir os custos de embalagens e ser mais competitivo; 
  • Melhorar a condição ergonômica dos colaboradores e aumentar a segurança durante o trabalho e manuseio dos paletes;
  • Diminuir a geração de resíduos de madeira;  

A Hoganas Brasil tem o objetivo de reduzir os resíduos de madeira desde 2013, e desde então desenvolve técnicas para utilizar o plástico como matéria-prima. 

Diante disso, o gerente de Operações Supply Chain da Hoganas explica: “O palete de plástico que encontramos é também mais seguro, devido à flexibilidade, além da durabilidade dele, que deve chegar a 10 anos, enquanto o de madeira dura geralmente dois meses.”

Assim, a decisão também foi influenciada pela adoção da alternativa dos colaboradores da Hoganas nos EUA também que testaram alguns anos antes a solução e homologaram o uso.

Seguido o primeiro teste, os grupos de qualidade, produção, planejamento, compras e logística se reuniram e os testes aconteceram em toda a fábrica. Frente aos resultados promissores, eles listam as outras vantagens agregadas:

  • Sustentabilidade: Os paletes de plástico de material reciclado, o que os torna uma opção mais ecológica em comparação com paletes de madeira;
  • Segurança: Eles não possuem pregos ou lascas afiadas, reduzindo o risco de acidentes e lesões;
  • Peso leve: Os paletes de plástico são mais leves do que os de madeira, o que facilita o manuseio e economiza em custos de transporte;
  • Uniformidade: Os paletes de plástico têm dimensões consistentes, o que facilita o empilhamento, e o uso em sistema automatizado;
  • Durabilidade: Os paletes de plástico são resistentes a impactos, umidade e corrosão, o que os torna duráveis e adequados para uso prolongado;
  • Higiene: Diante da facilidade de limpeza, não absorvem líquidos, evitando a proliferação de bactérias e odores desagradáveis;

Plástico feito de plantas invasoras

Pesquisadores da Universidade de Madeira, em Portugal, desenvolveram um projeto que incorpora plantas invasoras ao plástico. Assim, a base dessa criação é a canavieira, uma planta caracterizada como invasora. 

A princípio, o que chamou a atenção dos cientistas foi a versatilidade da incorporação da canavieira ao plástico, pois possibilita criar materiais como: caixas e embalagens para variados tipos de alimentos. 

Para a dar sucessão ao projeto, envolveram-se na pesquisa cerca de 30 pesquisadores, que desde 2017. Primeiramente, os pesquisadores estudam os tipos de plantas, para analisar suas integrações na fabricação.

Então, diiante dos resultados, começam a pesquisa sobre as principais aplicações. 

Maria Dolores Alemás, uma das pesquisadoras envolvida no projeto, explica: “Uma das principais aplicações é na fabricação de materiais compostos, isto é, mesclar a fibra, cheia de celulose da planta, com plástico reciclado e biodegradável, para formar um material com melhores propriedades.” 

Ainda assim, a matéria-prima pode cooperar com a produção no setor de agropecuária. O professor que participa da pesquisa, João Rodrigues, afirma que eles estão analisando outras espécies para inserir no projeto. 

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