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PCR no frasco, no e-commerce e a reciclagem infinita

Plástico Pelo Mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. A marca Hellmann 's lança frascos de ketchup com 100% de plástico reciclado. A nova instalação da Samsara deve ter capacidade de reciclar infinitamente 20.000 toneladas de plástico. Pela primeira vez as resinas plásticas oriundas do ecossistema de reciclagem voltam para a cadeia produtiva como matéria-prima

Frasco de plástico reciclado

A marca de condimentos Hellmann’s, da Unilever, passará a fabricar os frascos de Ketchup com plástico 100% reciclado (resina PET PCR). Assim, se tornando a primeira marca nesse segmento a fazer isso. 

A mudança se inicia pelo portfólio de Ketchup da marca e irá avançar com a implementação para os demais itens nos próximos anos de forma gradual.

Isso porque, a empresa está seguindo um plano de desenvolvimento da cadeia visando avanços constantes de implementação de resina reciclada para a marca.

Carolina Riotto, diretora de marketing de Hellmann’s, destaca: “Estamos muito orgulhosos com esse anúncio, o uso de plástico reciclado sempre foi um grande desafio na cadeia alimentícia e é algo que requer investimento”.

Ela ainda pontua que isso é um forte trabalho de educação com consumidores para aceitação e entendimento dessa mudança. 

Riotto declara: “Liderando esse movimento com Hellmann’s, estamos dando um grande passo para um futuro mais sustentável e esperamos incentivar a indústria, fornecedores e outras marcas a se juntarem a nós”.

Os novos frascos 100% reciclados de Ketchup Hellmann’s passam por um processo extremamente cuidadoso de produção, que garante a qualidade e segurança dos produtos Hellmann’s. 

Por isso, eles são similares aos produzidos com a resina de plástico virgem.

Assim, o consumidor só consegue notar a diferença em função de uma leve alteração de cor no plástico e pelo rótulo, que agora indica o uso de plástico reciclado.

Dessa forma, Hellmann’s pretende retirar 1.000 toneladas de plástico virgem da natureza por ano, no Brasil. 

Além disso, um outro objetivo da companhia é adotar embalagens plásticas 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis e coletar e reprocessar mais plástico do que vendem até 2025.

Reciclagem infinita

A Samsara Eco, uma startup australiana que usa enzimas para quebrar o plástico, levantou US$ 54 milhões de AUD (cerca de US$ 34,7 milhões) em financiamento da Série A. 

A empresa planeja construir sua primeira instalação de reciclagem de plástico em Melbourne ainda este ano, com a meta de produção em grande escala até 2023.

A princípio, a tecnologia baseada em enzimas da empresa decompõe os plásticos em seus blocos de construção molecular para se transformar em novos produtos plásticos.

 O que por sua vez podem ser decompostos novamente, criando o que Samsara chama de reciclagem infinita de plástico.

Sobretudo, o novo financiamento da Samsara será usado para expansão, construindo sua biblioteca de enzimas que comem plástico e financiando sua primeira instalação comercial.

Que se espera que seja capaz de reciclar infinitamente 20.000 toneladas de plástico a partir de 2024. 

Além disso, a empresa aumentará sua equipe de engenharia e expandirá operações na Europa e América do Norte.

A Samsara também se prepara para o lançamento de sua primeira embalagem reciclada enzimaticamente, em parceria com o Woolworths Group. 

A embalagem estará nas prateleiras dos supermercados da Woolworths no próximo ano, levando a empresa em direção à meta de reciclar 1,5 milhão de toneladas de plástico por ano até 2030. 

O Woolworths Group se comprometeu a transformar as primeiras 5.000 toneladas de plástico reciclado Samsara em embalagens para sua marca de produtos, como legumes e bandejas de padaria.

PCR no e-commerce

O segundo semestre de 2022 marca o início do uso de plástico reciclado pós-consumo (PCR – Post-Consumer Resin) em envelopes de segurança utilizados para as entregas de mercadorias do e-commerce brasileiro.

Em julho, as primeiras embalagens fabricadas com PCR foram entregues para alguns dos grandes marketplaces nacionais e para marcas que buscam apresentar ações de sustentabilidade para os clientes.

Portanto, é a primeira vez neste setor que resinas plásticas oriundas do ecossistema de reciclagem voltam para a cadeia produtiva como matéria-prima.

Gerando a fabricação de novos produtos e a utilização novamente como embalagens de segurança.

A primeira marca a usar os envelopes de segurança com plástico PCR foi a Amazon

A Vértice Embalagens, com fábrica na cidade de Colombo na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), entregou os primeiros lotes em julho.

Na sequência, a novidade chegou para outras marcas como a Troc, de moda sustentável, e para a Marisa, de moda feminina.

Sobretudo, a entrada do PCR nas embalagens flexíveis de e-commerce é uma notícia aguardada há tempos neste mercado, que via o plástico PCR, até então, em embalagens secundárias como sacolas e sacos de lixo.

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