O que rolou no World Plastic Connection Summit?
A terceira edição do evento trouxe novidades para o setor do plástico, abordou comércio exterior e muito networking
Na edição do World Plastic Connection Summit, que aconteceu em Barueri, São Paulo, players do setor plástico conheceram as novidades do setor e as nuances do mercado árabe na região.
A princípio, esse é considerado o principal evento brasileiro do setor de plásticos com foco internacional. Ele é realizado pelo programa Think Plastic Brazil, levado adiante pelo INP (Instituto Nacional do Plástico) e a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para internacionalizar o segmento.
Segundo Carlos Moreira, gerente de projetos do Think Plastic Brazil, o objetivo principal do evento é destacar o Brasil como um dos principais players globais do processo de internacionalização da indústria dos plásticos.
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Isto é, “através das palestras vamos mostrar que o setor do plástico está preocupado em ser sustentável e que investe pesado na parte social”, disse Moreira.
Sobretudo, a terceira edição do World Plastic Connection Summit abordou as demandas de sustentabilidade na área. Bem como, os cases que são sucesso no setor, a economia circular em uso, a competitividade, os desafios do setor e o design dos produtos.
Comércio Árabe-brasileiro no evento
De acordo com Moreira, o mercado árabe é bastante receptivo ao plástico brasileiro e ainda há espaço para muitos negócios serem feitos. “Em novembro de 2018 fiz a primeira missão no mercado árabe em prol do plástico. Começamos pelo Catar e tivemos algumas agendas, e depois estendemos para os Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã”.
Ele ainda conta que na época eram duas as empresas que exportavam para o Oriente Médio e que entre os produtos vendidos estavam reservatórios de água.
No entanto, com a chegada da pandemia, os compradores árabes, que importam plástico principalmente da China e da Europa, se adaptaram e passaram a fazer negócios de forma online também com os brasileiros.
As negociações aumentaram entre os dois mercados e atualmente existem 22 empresas do Brasil exportando para países árabes como Arábia Saudita, Egito e Iêmen.
Sobre esse tópico, o World Plastic Connection Summit recebeu Silvana Gomes, diretora de Marketing e Conteúdo da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que palestrou sobre essa perspectiva.
Na ocasião, Gomes mostrou que para agradar esse mercado o setor do plástico brasileiro precisa fazer produtos sofisticados e minimalistas.
Além disso, a diretora contou que os compradores árabes, formados em sua maioria por jovens, se conectam mais do que os brasileiros. Bem como, são cultos, falam inglês muito bem e a região passa por processo de automatização intensa.
Ela também disse que esse público quer ser globalizado e apresenta diferentes tipos de poder de compra.
Gomes destaca ainda que as empresas brasileiras também precisam ter atenção para atender os estrangeiros que vivem nos países árabes, como Catar e Emirados Árabes Unidos. “Mais de 70% das populações das duas nações é formada por estrangeiros. Por conta disso, se a marca esperar que só vai vender para os locais, não terá sucesso”, completa Silvana.
Demais atrações do evento
Nos primeiros dias do World Plastic Connection Summit aconteceram os lançamentos do International Color Trend 2024. O Color Trend traz as tendências de cores do mercado plástico.
Além disso, teve também o Yearbook 2023, que apresenta informações das 190 empresas brasileiras associadas ao Think Plastic Brazil. “Com a apresentação do International Color Trend 2024 queremos mostrar que estamos preparados para oferecer nosso material para o mundo”, disse Moreira.
Nos dias seguintes aconteceu o projeto comprador com mesa de negociação e ampla área de networking.
Bem como, teve visitas técnicas às plantas de empresas associadas ao programa Think Plastic Brazil.
De acordo com Moreira, as próximas edições do World Plastic Connection Summit devem ser ainda maiores. “O principal objetivo é colocar o summit no calendário dos principais players do mercado. Queremos capacitar as empresas e mudar o mindset (mentalidade) delas”, completa Moreira.
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