Brasileiros pretendem comprar mais em 2024, aponta pesquisa
Uma pesquisa inédita feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o IPRI (Instituto de Pesquisa em reputação e Imagem), nomeada Retratos da Sociedade Brasileira nº 60, demonstra que 41% dos brasileiros pretendem consumir mais produtos neste ano, em relação ao ano anterior.
Enquanto isso, 41% afirmam manter o mesmo consumo do último ano, e somente 15% dos entrevistados visam comprar menos.

Sendo assim, nos próximos 12 meses, os brasileiros mostram-se inclinados a aumentar seus gastos. Sobretudo com bens de maior valor agregado, como móveis e eletrodomésticos.
Para a pesquisa foram ouvidas 2.012 pessoas, nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Assim, a margem de erro vai para 2 pontos percentuais, e tem um intervalo de confiança de 95%.
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Em relação à faixa etária, a expectativa com o aumento dos gastos de bens de maior valor, volta-se para os mais jovens.
Isso porque, 45% dos entrevistados que possuem idades entre 16 e 40 anos, acreditam que irão gastar mais nos próximos 12 meses. No entanto, a perspectiva cai para 34% no grupo de 41 a 59 anos, e 36% para a população com mais de 60 anos.
Diante disso, Rafael Lucchesi, o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, considera: “A percepção de melhora em termos de renda, situação financeira e expectativa de gastos tende a criar um cenário positivo na visão da população. Isso reforça o aumento do consumo nos próximos meses. Essa disposição é importante, pois a demanda interna insuficiente foi o segundo principal problema relatado pelos empresários no ano passado, atrás apenas da carga tributária”.
Panorama de renda da população
De forma ampla, esses resultados apontam uma evolução positiva quanto a situação financeira e de renda do consumidor brasileiro.
Para 38% dos entrevistados, a situação financeira atual mostra-se melhor do que a de 12 meses antes. Enquanto 39% dizem permanecer na mesma situação, 22% dos brasileiros afirmam estar em situação pior.
Quanto a isso, a análise por grupo etário aponta que os mais jovens enxergam melhora nas contas pessoais, 48% dos entrevistados com idades entre 16 e 24 afirma encontra-se em uma situação melhor. Porém, à medida que as ideias crescem, o percentual diminui, concluindo em 29% entre as pessoas com 60 anos ou mais.
Outra diferença acontece na percepção de acordo com as regiões do país. No Nordeste, 47% afirmam estar em uma situação melhor do que há 12 meses.
Já no Norte e no Centro-Oeste o percentual vai para 38%. No Sudeste alcança 34% e no Sul vai para 33%.
No que se refere ao endividamento, de acordo com a pesquisa, do total de entrevistados 41% asseguram estar menos endividados, comparado há 12 meses. Já 29% deles seguem com o mesmo número de dívidas, e 26% afirmam ter aumentado a dívida.
Sobre a percepção de endividamento, existe uma associação entre a percepção de queda no endividamento e a região dos entrevistados.
Isso acontece devido a 47% dos que afirmam estar menos endividados representam o Nordeste.
Entretanto, o percentual que cai para 41% entre os entrevistados da região Sudeste, 40% na região Norte/Centro-oeste e 35% entre os entrevistados da região Sul.
Perspectiva futuras
No que diz respeito ao aumento de renda futuramente, 39% dos entrevistados afirmam que a renda vai aumentar nos próximos 12 meses. Já 43% acreditam que nada irá mudar, e 14% acreditam que haverá diminuição.
Assim, a expectativa de aumento de renda está relacionada à faixa etária dos entrevistados, entre os que têm 16 e 24 anos, metade prevê um aumento.
Da mesma forma, há uma associação entre a expectativa de aumento de renda e escolaridade, enquanto 28% daqueles sem instrução acreditam que sua renda vai aumentar nos próximos 12 meses. Mas esse percentual aumenta progressivamente com a escolaridade e alcança 42% entre os que têm ensino superior.
Já entre as regiões, no Sudeste e no Sul, 36% dos entrevistados acreditam que sua renda vai aumentar nos próximos 12 meses. Mas, nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste esse percentual alcança 42% ou mais.
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