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Baixa competitividade digital no Brasil

Pesquisa revela que o país caiu no ranking de competitividade digital, chegando a posição que estava antes da pandemia. Investimento em mão de obra e profissionalização são apontados como possíveis melhorias

Apesar dos avanços no campo digital, a Indústria brasileira caiu em cinco posições no que se refere a alcançar bons indicadores de competitividade digital. Essa conclusão foi apresentada no Anuário de Competitividade Digital, do IMD (Institute for Management Development). 

Em conjunto, as empresas também compõem o ranking, e destacam que as principais dificuldades são estabelecer estratégias, aprimorar os colaboradores e angariar talentos. 

Assim, esses desafios vêm desde a proposta de Geraldo Alckmin de reindustrialização. Haja vista que, mesmo naquela época, analistas pontuaram que a modernização industrial andava lado a lado com a economia. 

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Com a nova atualização, o Brasil foi para a mesma posição dos anos de 2018 e 2019, sendo o 57º colocado. Enquanto isso, países como Estados Unidos, Holanda e Singapura seguem liderando o ranking de competitividade digital. 

Dessa forma, Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, explica que “Esses primeiros colocados estão crescendo muito, o que significa que está havendo uma ‘concentração’ de renda, e riqueza por um combinado de investimento, capital intelectual e desempenho das empresas”. 

Essa colocação contrapõe o programa “Novo Brasil Mais Produtivo”, que surgiu com a proposta de aumentar a produtividade e acelerar a transformação digital das indústrias brasileiras. 

Aspectos relacionados à regulamentação e investimento 

Tanto o setor público, quanto o setor privado entram na composição analisada pela pesquisa. Pois as particularidades de regulamentação e investimentos no campo digital são pautas presentes nos dois setores. 

Nesse sentido, um dos principais indicadores é o que examina a “agilidade empresarial”, e nele, o Brasil está na 61ª colocação. Isso revela que as companhias não têm uma agenda de inovação e transformação estruturadas. 

Diante deste resultado, Tadeu aponta que o nível de maturidade para esses dois aspectos é baixo. Porque mesmo que algumas entidades se relacionem com big data, analytics e inteligência artificial, elas não são exploradas ao seu completo potencial. 

Com o programa divulgado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, o Novo Brasil Mais Produtivo, o país acumularia uma série de ações estratégicas e relevantes. Tanto no que se refere à produtividade, quanto no que diz respeito à transformação digital. 

Porém, as lideranças ainda não dominam essa abordagem, que também é um dos problemas identificados pela pesquisa. Ainda, concordando com essa realidade, é analisado que a experiência internacional é baixa, assim como, a têm a baixa mão de obra qualificada no Brasil. 

Segundo o ITDBr (Índice de Transformação Digital Brasil), feito em parceria com a PwC Brasil, o desempenho das empresas foi de 3,3 em uma escala de 6. 

Outros principais problemas para modernização da Indústria

A pesquisa também verificou como os colaboradores atuam nas empresas, e foi divulgado que há um déficit em mantê-los atualizados sobre as tendências tecnológicas. 

Ainda no ano de 2023, a Fundação Dom Cabral, se uniu ao Fórum Econômico Mundial, para estimar as habilidades dos trabalhadores nos próximos 5 anos. 

Sendo assim, o resultado foi de que 44% das habilidades sofrerão alterações, e que 60% da atual força de trabalho irá demandar treinamentos. 

Sobre isso, Tadeu, diz: “A iniciativa número um [para as companhias melhorarem o cenário] é cada vez mais investir em treinamento e capacitação”, explica Tadeu. “É preciso levar a sério esse assunto. Se as companhias não fizerem investimento para esses assuntos, ficaremos para trás”. 

Isso revela que, o governo e as companhias precisam aumentar os investimentos em formação e capacitação. Para assim, contribuir com o amadurecimento das áreas de pesquisa, com o desenvolvimento nas companhias e com a melhora no ambiente regulatório nacional. Tudo isso coopera para o crescimento da competitividade digital.  

Da mesma forma, é importante lembrar que na nova atualização do programa Novo Brasil Mais Produtivo, o SENAI desenvolveu uma plataforma digital. Nele existem cursos e ferramentas sobre produtividade e transformação digital, justamente para contribuir com o aprendizado das empresas. 

Os indicadores positivos do Brasil 

Enquanto nos indicadores positivos, se destacam, a princípio, o setor financeiro, que contou uma união entre altos investimentos em inovação e tecnologia. Assim, estimulando o Banco Central a promover um cenário competitivo, no que se dirige aos termos digitais. 

Alguns outros índices relevantes foram:

  • Gastos públicos em educação está na 12ª posição;
  • Representatividade feminina em pesquisas científicas ficou na 17ª;
  • Produtividade em pesquisas de P&D na 7ª;
  • Robótica em educação e P&D na 17ª;
  • O uso de serviços públicos online pela população ficou na 11ª;

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