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Governo Federal lança ‘Plano Mais Produção’ para impulsionar a indústria

A Fiesp analisa o impacto do plano recente anunciado pelo Governo para o desenvolvimento da indústria. Além disso, figuras importantes do setor, também examinam as consequências do Plano em diversos setores

Governo Federal lança ‘Plano Mais Produção’ para impulsionar a indústria

A recente política industrial lançada pelo Governo Federal, se apresenta como um grande potencial de incentivar o desenvolvimento do setor. O plano de desenvolvimento para a indústria, chamado ‘Plano Mais Produção’, também teve anuncio. 

Na imagem aparece o presidente Lula, de pé, comentando sobre a nova política para indústria brasileira

O plano prevê, entre os instrumentos para estimular o setor, 300 bilhões de reais em linhas de crédito, subsídios a empresas e exigências de conteúdo local nos produtos.

Segundo o economista-chefe da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Igor Rocha, essa ação incentivará tanto quanto o Plano Safra tem impulsionado o agronegócio do país ao longo dos últimos anos.

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Diante do novo plano Rocha comenta: “O grande mérito do plano que foi apresentado é colocar de forma muito clara a indústria da transformação como vela propulsora do desenvolvimento”.

Além disso, o plano pretende também conter um movimento de queda da participação da indústria da transformação do PIB. Vale ressaltar que ele já chegou a mais de 20% durante as décadas de 1970 e 1980. Porém, atualmente, ele está com cerca de 13%, de acordo com Rocha. 

Frente disso, o economista-chefe da Fiesp destaca: “Olhando para essa experiência do Plano Safra no agro, o Plano Mais Produção tem condição de ser o Plano Safra da Indústria”, disse Rocha. Nesta fala ele cita o pilar da política que engloba mecanismos para o financiamento do setor industrial de forma contínua nos próximos três anos.

Assim, ele completa: “O Plano Safra não é uma medida apenas, são várias medidas que formam um ecossistema de ações. O Plano Mais Produção procura trazer uma isonomia com outros setores. Ninguém pode ser contra inovação, descarbonização e produtividade”.

As questões que envolvem a implementação na indústria

Sendo assim, entre os 300 bilhões de reais do Mais Produção até 2026, 106 bilhões de reais tiveram anuncio em julho do ano passado, conforme afirmado pelo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

Desse modo, questionado em relação aos temas recorrentes da indústria da transformação como proteção comercial e simplificação tributária, Rocha diz que a política industrial apresentada pelo Governo trata de questões estruturais. No entanto, necessita de temas como regras de conteúdo local “construídas em sinergia com o setor privado” nos próximos meses.

Enquanto isso, para o presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), a proposta trata-se de um bom ponto de partida. Porém, precisará de muita determinação do Governo para ser implementada.

Logo, José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast, diz: “É um bom começo, muito bem elaborada e abrangente, mas precisa de muito foco para ser executada. O custo Brasil vai continuar sendo o maior impedimento para desenvolvermos uma indústria competitiva no Brasil”.

O impacto do plano no mercado financeiro

Assim, no setor financeiro, este plano está sendo visto como um fator de risco para o equilíbrio fiscal, pois na segunda-feira em que foi anunciado, fez o dólar à vista subir mais de 1% ante o real. Em movimento sustentado ainda pela recuperação da divisa dos Estados Unidos no exterior durante a tarde.

No entanto, apesar de o valor de 300 bilhões estar ligado à operação do BNDES, não necessariamente acarretará impacto fiscal. Sendo assim, quanto à percepção mais geral, os 300 bilhões de reais anunciados elevam o risco em relação às contas do governo. Em reação, o dólar se reaproximou dos 5,00 reais.

Portanto, o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, pontua, ao justificar a alta firme do dólar ante o real.: “Há uma recomposição de posições defensivas. O programa pode trazer despesas para o governo e o mercado se ajusta, vai para a proteção do dólar.”

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