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Estudos sobre reciclabilidade, reciclagem de nylon e sistema de depósito e reembolso 

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. BASF encomenda estudo que aponta atualizações sobre a reciclagem de filmes multicamadas. Estudo cria novo catalisador que recupera 99% dos monômeros originais do Nylon-6. Governo português cria sistema de depósito de embalagens

Estudos confirmam a reciclabilidade de filmes PA/PE 

Novos estudos do Instituto Cyclos-HTO GmbH, encomendados pela BASF, trouxeram avanços na reciclagem de filmes multicamadas. Em 2021, a pesquisa já havia confirmado a reciclabilidade de filmes de PE/PA. Agora, a análise abrange filmes com PA6 (Poliamida 6) e EVOH (copolímero de etileno e álcool vinílico).

Assim, a BASF focou na reciclabilidade de filmes de alta barreira, como os coextrudados PE/PA6/EVOH e os laminados PA6/PE provenientes de resíduos de embalagens domésticas. 

Diante disso, o Dr. Matthias Zorn, gerente sênior da BASF, destaca que os resultados indicam que os fluxos de reciclagem de PE com PA são viáveis em condições reais.

Dessa maneira, Zorn afirma: “A certificação confirma a prática padrão do mercado de que os resíduos de filmes contendo PA já estão sendo reciclados pelos fabricantes de filmes atualmente”. 

Haja vista que a camada de adesivo de coextrusão, facilitando a dispersão do PA na matriz de PE, desempenha um papel crucial. Pois em estruturas coextrudadas, essa camada incorporada atua como agente compatibilizante eficiente durante a reciclagem.

A pesquisa, em parceria com a SUDPACK e usando um adesivo de laminação Henkel, revela que os filmes PE/PA laminados com adesivo, antes não considerados recicláveis, agora são fabricados com foco na reciclabilidade. 

Desse modo, o portfólio de embalagens contendo PA se expande com a certificação de compatibilidade com a reciclagem, contribuindo para reduzir o desperdício do material. 

Os filmes PE/PA/EVOH são aplicados em embalagens de queijo e salsicha com alta barreira de oxigênio, enquanto os PE/PA têm usos diversos em embalagens de alimentos, bebidas, higiene e limpeza.

Então, os resultados certificados são compartilhados com grupos de padronização europeus e o Registro de Embalagens da Agência Central, influenciando diretrizes e critérios alemães para reciclabilidade.

Nova alternativa para decompor Nylon-6

Pesquisadores da Northwestern University, nos Estados Unidos, criaram um catalisador que decompõe o nylon-6 em poucos minutos. A descoberta é mais uma alternativa para a transformação do plástico.

A princípio, a meta estabelecida com o novo catalisador visa reciclar o nylon-6 descartado, para depois reutilizá-lo. Anteriormente, algumas pesquisas haviam encontrado catalisadores que só aplicavam-se em situações extremas. 

Alguns deles tinham uso somente em temperaturas de até 350, com vapor de alta pressão ou em uso de solventes tóxicos. E então, os pesquisadores decidiram criar um novo tipo que pudesse atuar em condições menos extremas. 

O autor do estudo, Tobin Marks, autor do novo estudo, aponta que a substância nova é uma alternativa inovadora, porque faz o uso de íons lantanídeos e ítrio. Isto é, trata-se de um metal achado em grandes quantidades, tornando-o barato.

Além disso, o catalisador decompõe o plástico em polímeros e depois em monômeros. Resultando, em novos materiais. 

Diante disso, Marks afirma: “Você pode pensar em um polímero como um colar ou uma sequência de pérolas. Nesta analogia, cada pérola é um monômero. Esses monômeros são os blocos de construção. Criamos uma maneira de quebrar o colar, mas recuperar essas pérolas”.

A seletividade do catalisador caracteriza-se como mais uma qualidade. Pois aplicada ao produto misto de nylon-6, não há prejuízos. Portanto, a indústria poderá aplicar o catalisador em um número alto de resíduos não classificados e direcionar o nylon-6. 

Essa inovação coopera com o processo de reciclagem, pois minimiza o tempo de investigação manual de cada resíduo. Além da capacidade de produzir itens mais valiosos a partir dos monômeros resultantes da decomposição do plástica, sendo mais uma vantagem.

Sistema de pagamento de depósito de embalagem de plástico

O Governo português criou um sistema de depósito e reembolso para embalagens de bebidas de plástico e metal. O SDR, seu outro novo, trata-se de pagar um depósito por uma embalagem, e o reembolso acontece no momento da compra. 

Esse novo sistema abrange tanto as embalagens de bebidas feitas de plástico, quanto as feitas de metal. Em 2018 a Assembleia da República aprovou o sistema, mas até então estava funcionando.

A nova implementação implica na melhoria da gestão de resíduos do país. Enquanto isso, a extensão da RAP (Responsabilidade Alargada do Produtor), atribui aos produtores a responsabilidade pela sua gestão e tratamento. 

Isto significa que os produtores terão a responsabilidade pela gestão dos resíduos dos seus produtos após o seu consumo. No caso dos materiais, como mobílias, colchões e produtos de autocuidados, o RAP significa que os produtores destes materiais terão de pagar um “ecovalor” por cada unidade que colocam no mercado.

Essa inovação coopera com o financiamento dos sistemas de tratamento de resíduos. Ou seja, os recursos cobrem os custos da recolha e preparação dos resíduos, que têm encaminhamento correto para a reciclagem. Assim como cria novo empregos nesta e nas áreas afins.

A aplicação do RAP a estes fluxos de resíduos tem os seguintes benefícios:

Melhoria da qualidade da reciclagem: 

  • Alocação de fundos específicos para a recolha;
  • A preparação dos resíduos irá permitir que estes sejam reciclados de forma mais eficiente;
  • Criação de empregos na área da gestão de resíduos;

Assim, o Ministério do Meio Ambiente de Portugal, pontua: “Novos estímulos financeiros para as autarquias locais que realizem investimentos em projetos que promovam o aumento da recolha seletiva e tratamento de biorresíduos”.

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