Política industrial estruturada é caminho para desenvolvimento econômico
Para a Confederação Nacional da Indústria, o fortalecimento do setor é essencial para reverter o cenário de desindustrialização atual
Para a Confederação Nacional da Indústria, o fortalecimento do setor é essencial para reverter o cenário de desindustrialização atual
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou no início deste ano que o Brasil vem se desindustrializando há mais de duas décadas e perdendo competitividade econômica.
A declaração feita por José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo do órgão, também chamou atenção para as consequências desse panorama. Uma vez que, possui impactos desde a geração de empregos qualificados até a inserção do país em âmbito internacional.
Diante disto, o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) demonstrou urgência para uma solução.
Por isso, realizou uma reunião com o comitê executivo do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), responsável por debater e elaborar uma nova política industrial para o Brasil.
Nesse sentido, o CNDI publicou uma resolução com as diretrizes para a nova política industrial brasileira.
Leia mais:
Mercado Industrial
No documento são definidos princípios, missões e objetivos da nova política industrial.
Na publicação no DOU (Diário Oficial da União), destacou-se a necessidade da proposta considerando que o crescimento econômico e social do país requer que sua indústria seja forte e competitiva.
Além disso, é pontuado que houve um considerável enfraquecimento das políticas de desenvolvimento desde o início da década de 1990.
Principalmente, as políticas industriais, de inovação e de exportação; além da predominância do processo de desindustrialização precoce no país.
Na avaliação de Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, o fortalecimento do setor é essencial e reverte esse processo de desindustrialização. “Precisamos dar respostas adequadas aos desafios impostos pelas mudanças climáticas, pela transformação digital e pela reorganização das cadeias globais de suprimentos, que sofreram com a pandemia e com incertezas relacionadas à guerra na Ucrânia. Não é à toa que as economias mais avançadas vêm implementando programas voltados ao desenvolvimento do setor”, diz.
Visão estratégica para crescimento industrial
De acordo com a CNI, essas políticas industriais são o conjunto de ações que envolvem setor público e privado para formar uma visão estratégica para o crescimento do segmento industrial de um país.
Segundo a entidade, uma política industrial bem desenvolvida gera resultados não apenas no campo da competitividade.
Mas também na geração de mais postos de trabalho e empregos com melhor remuneração.
Nesse sentido, a atração de investimentos e uma maior integração internacional são aspectos que podem ser beneficiados quando há o desenvolvimento de políticas públicas integradas.
Bem como, a ampliação do acesso das empresas brasileiras e o aumento das exportações. Para isso, é estimulado a implementação de instrumentos de política industrial.
Como, por exemplo, linhas de financiamento, compras públicas, encomendas tecnológicas, incentivos fiscais, incentivos de créditos, regulação, incentivo à inovação.
Conforme o presidente da CNI, são as políticas estatais que induzem e direcionam prioridades para o investimento privado, no Brasil e em todo o mundo.
Portanto, a atração de investimentos, a maior integração internacional, o aumento das exportações e a ampliação do acesso das empresas brasileiras ao mercado externo requerem políticas de apoio. “Como o adequado financiamento e garantias públicas para operações não cobertas pelo mercado privado, bem como, a criação de um ambiente regulatório que estimule o desenvolvimento tecnológico e a inovação”.
Quer estar sempre informado sobre a indústria do plástico? Preencha o nosso formulário para receber novidades e conteúdo de qualidade do mercado plástico.