Vantagens ambientais do PET são comprovadas em estudo inédito brasileiro
O estudo conduzido pela ABIPET analisou o ciclo de vida das embalagens de líquidos mais comuns no Brasil, incluindo PET, alumínio, vidro e aço. O PET apresentou o melhor desempenho em termos de impacto ambiental, destacando-se em seis das 12 categorias avaliadas
Vantagens ambientais do PET são comprovadas em estudo inédito brasileiro
Um estudo inédito conduzido pela ABIPET (Associação Brasileira da Indústria do PET), analisa o ciclo de vida dos materiais mais comuns em embalagens de líquidos. Assim, usando 11 unidades de diferentes embalagens, entre elas de água, óleo comestível e refrigerante, 6 referem-se ao PET, 2 ao alumínio, 2 ao vidro e 1 ao aço. No entanto, o PET se mostrou o material com maior desempenho.
Embora o estudo seja inédito no Brasil, Auri Marçon, presidente executivo da ABIPET, revela que já esperava por este resultado. Isso porque, países europeus e norte americanos já indicavam o PET como uma embalagem superior às demais.
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Ele também ressalta a importância de cada eixo ao realizar pesquisa, pois, as características mudam de um país para outro. Nesse sentido, Marçon ratifica: “Aliás, esse é um alerta importante, pois levantamentos realizados em outros países, por quaisquer das embalagens, não são válidos como referência em outros que possuem, por exemplo, matriz energética, módulos de transporte e índices de reciclagem distintos”.
O PET obteve o melhor desempenho em seis das 12 categorias de impactos comprovados, especialmente nas que mais preocupam a sociedade quanto às questões ambientais. Assim, entre elas estão: mudanças climáticas, acidificação, ocupação de solos, material particulado, ecotoxicidade e consumo de água.
Resultados e comparativos do PET
Para ilustrar, uma embalagem PET de 500 ml de água exige 53% menos água do que a versão em alumínio e 86% menos que a de vidro. No caso das embalagens de 1.500 ml, o índice de toxicidade do PET é 94% menor que o do alumínio e 97% menor que o do vidro.
Dessa forma, ao comparar as embalagens de refrigerantes, observa-se que uma garrafa PET de 2 litros utiliza 64% menos água durante a produção que uma embalagem de alumínio e 88% menos que uma embalagem de vidro.
Já para óleo comestível em embalagem de 900ml, o PET mostra grande vantagem sobre a lata de aço, com 99% menos uso de água. E ainda, 81% menos emissões de CO2 e 88% menos ecotoxicidade.
Análise do Ciclo de Vida das Embalagens de Alimentos Líquidos
Além desses aspectos, o chamado “do berço ao túmulo” e a ACV (Avaliação do Ciclo de Vida) de Embalagens PET para Alimentos Líquidos, estudou o impacto das embalagens desde a extração até o descarte. Assim, analisando todas as etapas: produção, envase, transporte, comercialização e reciclagem pós-consumo.
Sendo assim, o estudo avaliou:
- Embalagens PET de 500 ml e 1.500 ml (água), 250 ml, 600 ml e 2 litros (refrigerante) e 900 ml (óleo comestível)
- Embalagens de alumínio de 350 ml (água) e 350 ml (refrigerante)
- Embalagens de vidro de 300 ml (água) e 250 ml (refrigerante)
- Embalagens de aço de 900 ml (óleo comestível)
De acordo com Marçon, o estudo foi realizado com o envolvimento de diversos elos do mercado. Sob a liderança da ABIPET, a ABIR (Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) e a ABIOVE (Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais) participaram ativamente. Além da colaboração de empresas e marcas que juntas representam mais de 80% do setor.
Ainda, o presidente executivo da ABIPET ressalta que as equipes do ITAL/CETEA (Centro de Tecnologia de Embalagens, do Instituto de Tecnologia de Alimentos), pertencem à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. E que eles realizaram um Inventário do Ciclo de Vida das Embalagens PET de grande relevância.
Além disso, o estudo se destaca por ter contemplado todos os elos da cadeia produtiva, de distribuição e distribuição das embalagens demonstradas. Com isso, incluindo empresas do setor de alimentos líquidos no Brasil, fabricantes de resinas PET, produtores de embalagens. Bem como embaladores e distribuidores com foco em água mineral, refrigerantes e óleo comestível.
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