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Sondagem da CNI revela otimismo na produção da indústria

Em agosto, a Sondagem Industrial da CNI indicou crescimento na produção e no emprego, com índices de 52,2 e 50,7 pontos, respectivamente. No entanto, os estoques caíram para 49,6 pontos. Em setembro, a expectativa de demanda diminuiu 0,6 ponto, mas ainda se manteve otimista

Sondagem da CNI revela otimismo na produção da indústria

Segundo a Sondagem Industrial divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), empresários apontam crescimento, em agosto, da produção e do número de empregados na indústria. Sendo assim, o segundo crescimento consecutivo destes indicadores. 

Na transição de julho para agosto, o índice de evolução da produção industrial chegou a 52,2 pontos. Enquanto o índice de evolução do número de empregados do setor atingiu 50,7 pontos. 

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Diante disso, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que, ao ficar acima dos 50 pontos, os indicadores refletem a forte demanda por bens industriais. Nesse sentido, ele analisa: “A Sondagem Industrial de agosto mostra, pelo segundo mês consecutivo, um aumento da atividade industrial. A produção e o número de empregados estão reagindo a um aumento da demanda por bens industriais”. 

Assim, o levantamento mostra que as médias e grandes empresas foram as principais responsáveis pelo crescimento da produção e do emprego no setor em agosto.

Enquanto as pequenas indústrias apresentaram resultados negativos em ambos os indicadores. A atividade produtiva cresceu em todas as regiões, mas o número de empregados diminuiu apenas no Norte e no Sudeste.

Cenário positivo no nível de estoques 

O índice de evolução dos estoques da indústria ficou em 49,6 pontos. Como está abaixo da marca de 50, isso indica que o volume de estoques no setor diminuiu entre julho e agosto. Embora a redução tenha sido menor do que nos três meses anteriores. Marcelo Azevedo observa que essa tendência indica crescimento na demanda por bens industriais.

Nesse sentido, Azevedo destaca: “A queda contínua dos estoques que temos observado reflete um aumento na demanda. Mesmo com a produção em alta, os estoques permanecem abaixo do nível planejado pelos empresários”. 

Além disso, a UCI (Utilização da Capacidade Instalada) aumentou em um ponto percentual, alcançando 72%. Com isso, a UCI superou a média histórica para este mês, algo que já havia ocorrido em janeiro, abril, maio, junho e julho deste ano. 

Pequenas, médias e grandes indústrias apresentaram aumento na UCI, com avanço do indicador nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste; estabilizando-se no Sul e diminuindo no Centro-Oeste.

Cenário de setembro: indústrias se ajustam a queda nas expectativas

Já em setembro, o índice de expectativa de demanda caiu 0,6 ponto em relação a agosto, atingindo 57,7 pontos. Essa diminuição ocorreu em empresas de todos os tamanhos e nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, enquanto apenas no Centro-Oeste e no Norte houve aumento.

Apesar dessa queda, como o índice permanece acima de 50 em todas as categorias analisadas, os empresários ainda mantêm um otimismo em relação à demanda futura, embora em nível inferior ao de agosto.

A expectativa dos industriais em relação à compra de matérias-primas também apresentou uma queda em setembro, recuando meio ponto para 55,6. Somente as médias empresas não registraram diminuição nesse indicador. 

Regionalmente, a expectativa de compra de matérias-primas subiu no Centro-Oeste e permaneceu praticamente estável no Norte (-0,1 ponto), enquanto nas outras regiões houve queda.

O índice de expectativa quanto ao número de empregados se manteve praticamente inalterado, com uma leve redução de 0,1 ponto, chegando a 52,7 pontos. 

Entre os diferentes portes, o indicador aumentou nas pequenas empresas, permaneceu estável nas médias e caiu nas grandes. No Norte e Nordeste, o otimismo em relação a novas contratações diminuiu; no Sudeste, ficou quase inalterado; enquanto no Sul e no Centro-Oeste, houve um aumento.

Expectativas do cenário de exportação

O índice de expectativa de quantidade exportada foi o único a registrar aumento de agosto para setembro, subindo 0,8 ponto e alcançando 52,6 pontos. Essa elevação ocorreu, exceto nas indústrias de médio porte e nas situadas no Sudeste. 

No panorama regional, apenas a região Sul apresenta um indicador abaixo da linha divisória, indicando expectativas pessimistas.

Por outro lado, a intenção de investimento subiu para 58,1 pontos, com um incremento de 0,3 ponto. Esse índice está 6 pontos acima da média histórica de 52,1 pontos.

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