Pesquisa identifica leveduras e bactérias que ajudam a decomposição do plástico, Coca-Cola e sustentabilidade, e pavimento de plástico reciclado
Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Pesquisadores de Portugal encontraram formas de degradar plástico com leveduras e bactérias. A ação feita pela Coca-Cola visa estimular a reciclagem e o descarte correto de materiais. Projeto busca inserir plástico e borracha reciclados na construção de pavimentos de estradas
Pesquisa identifica leveduras e bactérias que ajudam a decomposição do plástico, Coca-Cola e sustentabilidade, e pavimento de plástico reciclado
Pesquisador identifica leveduras e bactérias ajudam a solucionar descarte incorreto de resíduos plásticos
Estudiosos do CBMA (Centro de Biologia Molecular e Ambiental) da Escola de Ciência da Universidade de Minho, em Portugal, detectaram um grupo de leveduras e bactérias capazes de degradar o plástico descartado. Os resultados promissores apontam o potencial dos microrganismos como uma opção para minimizar o descarte irregular.
Quanto ao processo de degradação, a pesquisa aplicou várias leveduras e bactérias para degradar o polietileno, e concluiu-se que a Yarrowia lipolytica e a Pseudomonas aeruginos se ligavam a superfície dos plásticos. A partir de então, formavam-se biofilmes, ou seja, a primeira fase da degradação. E por fim produziram enzimas que se alimentam de plástico, decompondo-o.
Com isso, o autor da pesquisa da tese de mestrado em Bioquímica Aplicada, João Gomes, explica: “a biodegradação [do plástico] passa a acontecer por microrganismos equipados com enzimas que quebram as ligações dos polímeros de plástico e os transformam em dióxido de carbono, água e biomassa microbiana”.
Sendo assim, o grupo do CBMA agora deseja aprofundar as pesquisas nos mecanismos biológicos envolvidos na degradação do plástico, e, portanto, encontrar mais microrganismos que aceleram o processo.
A investigação iniciou-se em 2021 e partiu da tese de mestrado em Bioquímica Aplicada de João Gomes, com orientação de Raúl Machado e de Isabel Soares-Silva. A pesquisa contou com a parceria da empresa Vizelpas e financiamento europeu através dos projetos científicos Ecobib e River2Ocean.
Ação da coca-cola sustentável
Para dar destaque à sustentabilidade, a Coca-Cola lançou uma ação sustentável que revolucionou os protocolos. Para a campanha, a Coca-Cola mudou seu logotipo, trazendo mais visibilidade ao tema.
A princípio, a mudança chama a atenção dos consumidores, e por fim, estimula a reciclagem na América Latina, local onde a marca implementou a ação. Assim, a campanha nomeada como “Recicle-me”, tem criação por Ogilvy New York.
Nesse sentido, a iniciativa Coca-Cola e sustentabilidade conta com uma estratégia de incentivar a vida sem resíduos. Para isso, então, a empresa compartilhou com todos a ideia “a sustentabilidade é uma responsabilidade coletiva”. Portanto, nesta ação a marca ressalta a importância de praticar a reciclagem em grande escala.
Desse modo, para cooperar com isso, a Coca-Cola anunciou que as novas garrafas serão mais leves e mais finas, tornando-as mais fáceis de reciclar. Com isso, em um vídeo publicado pela marca no YouTube, eles explicam na descrição: “Nossas garrafas plásticas 100% recicladas* podem viver muitas vidas.” Exceto as tampas.
Pavimentos feitos de plástico e borracha reciclados
A BCR (Brisa Concessão Rodoviária) e o ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa), de Portugal, estão investigando materiais que diminuam as emissões de gases com efeito estufa, e que tenham aplicação possível em pavimentos da rede de autoestradas.
Para isso, desenvolveram o projeto Living Lab, que trata-se da junção BCR e do ISEL. Neste projeto eles testam diversos materiais, e um deles é o plástico reciclado para serem aplicados nas estradas, futuramente.
A solução também inclui o uso de borracha reciclada de pneus no final da vida, assim, cria-se um betume com possível utilização em misturas betuminosas. Dessa forma, garantindo a mesma durabilidade e resistência dos pavimentos atuais.
Até então, a pesquisa desenvolveu seis testes pilotos em uma extensão de 10 quilômetros. Assim, os testes permitem uma avaliação investigativa para entender o uso das misturas usadas nos pavimentos.
Portanto, estes estudos pretendem avaliar a possibilidade de se diminuir o impacto ambiental da conservação das autoestradas. E consequentemente reduzir em 600 toneladas as emissões de dióxido de carbono, que equivalem a 23 mil viagens de automóveis entre Lisboa e Porto. Assim, diminuindo em 19 mil toneladas os resíduos plásticos descartados incorretamente.
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