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Mercado de filmes BOPP E BOPET tem alta demanda

Apesar da leve alta, os associados da Adisplast enfrentam incerteza econômica

Desde o início do ano, os associados Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resina Plástica) têm se beneficiado bastante no segmento de BOPP e BOPET. 

Isso porque, as vendas já somaram mais de 9 mil toneladas, correspondendo a 1,8% maior que o obtido no mesmo período em 2021.

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Esses números animadores são referentes ao período de janeiro a fevereiro deste ano, uma vez que no ano passado o setor teve uma queda considerável.

De início, foram um total de 39 mil toneladas desses insumos comercializados em 2021, no Brasil.

Já em 2020, o número foi de 48 mil toneladas de associados da Adirplast, sendo responsável por uma média de 75% desses valores.

Cecília Vero, vice-presidente da entidade, acredita que a nova TIV, tanto o volume, quanto às margens de ganho neste ano estão abaixo do esperado.

Vero explica: “Entraves, demanda fraca, recessão e inflação impactam diretamente no poder de compra do consumidor final”.

Dessa forma, ela acredita que isso tem refletido nos resultados destes primeiros meses do ano.

Reflexo do varejo de supermercados brasileiro 

mercado de plástico filme

De acordo com Erasmo Fraccalvieri, da Tecnofilmes, as vendas dos insumos BOPP estão de acordo com a realidade do mercado varejista de supermercados brasileiro.

Fraccalvieri comenta: “O principal problema é a forte contração do poder de renda das classes C, D e E. Isso vem ocorrendo com muita intensidade desde 2021”.

Além disso, Cláudia Savioli, da Polymark, afirma que os dois primeiros meses deste ano foram bem tímidos.

Assim, Savioli acredita que as transformações mundiais continuam impactando nos negócios e prejudicando os planos estratégicos das empresas, que precisam elaborar cenários de curtíssimo prazo.

Ainda mais, ela também afirma que a velocidade que os preços dos insumos têm aumentado, preocupa e tem absorvido boa parte do foco do trabalho.

Savioli diz: “Isso acarreta a perda de demanda na cadeia do setor de embalagens e ainda impossibilita as empresas de repassar seus custos extras”.

Para Osvaldo Coltri, diretor-presidente da Vitopel, quando a economia está menos aquecida e o consumidor está com o bolso fraco, gera menor valor para embalagens.

Por exemplo, embalagens de alimentos menos essenciais, como snacks, doces e chocolates.

Coltri destaca: “Economia fraca e o povo sem dinheiro é geralmente entrave para o crescimento do setor de BOPP”.

Desse modo, o diretor ainda alerta que é comum que empresas tenham clientes de menor estrutura enfrentem ainda mais problemas com inadimplência.

Qual a expectativa para o segundo semestre?

Segundo Fraccalvieri, o segundo semestre não será muito diferente.

Ele explica que os auxílios liberados pelo governo federal em abril e maio podem dar uma aquecida, mas nada empolgante.

Bem como, os anteriores, que teve um aquecimento nos volumes, mas sem euforia.

Fraccalvieri comenta: “Mesmo com o aumento momentâneo da demanda, o repasse de custos está difícil de ser implementado e a cadeia continua espremida”.

Para ele, o foco está no posicionamento através da leitura do segundo semestre, ele acredita que este é mais desafiador.

Ainda mais, os empresários do setor ainda temem os problemas que parecem longe de serem solucionados.

Como guerra e problemas de logística, assim como os problemas políticos, fiscais e econômicos no cenário nacional.

Para a vice-presidente da Adirplast, esse momento requer muita atenção, devido a alta instabilidade.

Savioli conclui: “Sentimos muita dificuldade na retomada econômica, porém acreditamos em um segundo semestre levemente aquecido, mas com olho afiado na inadimplência das empresas”.

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