Cresce o desempenho das pequenas indústrias no 3º trimestre
O levantamento da CNI mostrou um avanço significativo no Índice de Desempenho da Pequena Indústria no 3º trimestre de 2024, que subiu de 45,4 para 47,5 pontos, superando tanto a média histórica quanto o desempenho do ano anterior
Cresce o desempenho das pequenas indústrias no 3º trimestre
Segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Índice de Desempenho da Pequena Indústria teve um aumento expressivo no 3º trimestre de 2024. Conforme aponta o PPI (Panorama da Pequena Indústria), o indicador subiu de 45,4 pontos no 2º trimestre para 47,5 pontos. Esse valor supera a média histórica de 44 pontos e o resultado do mesmo período de 2023, de 45,5 pontos.
Nesse sentido, Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, afirmou que o desempenho positivo das pequenas indústrias no período reflete um bom desempenho em termos de volume de produção. Bem como em quantidade de suprimentos gerados e aproveitamento da capacidade instalada em comparação com o habitual.
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Assim, Azevedo destaca: “Todos esses índices foram mais positivos na passagem do 2º para o 3º trimestre e em comparação ao mesmo período de anos anteriores”.
Os principais desafios
Em resposta à questão sobre os principais problemas enfrentados no 3º trimestre, 42,5% dos empresários das pequenas indústrias de transformação apontaram a elevada carga tributária. O mesmo problema foi citado por 37,5% dos representantes da construção.
Assim, durante o 2º trimestre, a falta ou o alto custo de mão de obra foi destacado como o terceiro maior desafio para as pequenas empresas. A indústria de transformação relatou uma carência de trabalhadores específicas, mencionada por 29,8% das empresas. Enquanto no setor da construção, 25% apontaram a escassez de trabalhadores não trabalhadores como o principal problema.
Diante disso, Azedo explica: “Quando a indústria tem problemas para encontrar trabalhadores no mercado, tem dificuldades em ampliar e, em muitos casos, até manter a produção. No caso da falta de trabalhador qualificado, muitas vezes a saída é capacitar esse profissional. O funcionário não chega pronto para exercer suas atividades e isso traz ainda mais custos para as empresas, que perdem produtividade”.
Ainda, o estudo aponta que, para a pequena indústria da transformação, o terceiro maior problema é a falta ou o alto custo de matéria-prima, relatado por 29,3% das empresas. Já nas pequenas indústrias da construção, o maior desafio são as taxas de juros elevadas, mencionados por 24,2%.
Panorama da confiança industrial e do índice de perspectivas
Após um aumento de 1,7 ponto, o Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias alcançou 42,8 pontos no 3º trimestre. Esse indicador, que reflete a satisfação dos empresários com o lucro e as finanças das empresas, está 4,2 pontos acima da média histórica.
Sendo assim, o resultado aponta para uma situação financeira mais positiva do que o habitual. O índice também superou o valor registrado no mesmo trimestre do ano passado, que foi de 41,4 pontos.
No início do 4º trimestre, em outubro, o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) das pequenas empresas registrou uma leve queda, passando de 52 pontos para 51,9 pontos. Mesmo assim, o indicador permanece acima dos 50 pontos, demonstrando que os empresários ainda mantêm um alto nível de confiança.
O Índice de Perspectivas, que avalia as expectativas das empresas para os próximos seis meses, manteve-se estável em outubro. Assim, fechando com 49,8 pontos. Esse patamar é positivo, já que está acima da média histórica do indicador, que é de 46,9 pontos.
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