Cientistas criam tecnologia que impede descarte incorreto de toneladas de plástico
As cientistas Carla Fonseca e Silmara Neves desenvolveram a tecnologia "IQX FLEX" que tem como objetivo aprimorar a reciclagem de plásticos complexos. Essa inovação, conhecida como "reciclagem embarcada"
Cientistas criam tecnologia que impede descarte incorreto de toneladas de plástico
Carla Fonseca e Silmara Neves, co-fundadoras da startup IQX, desenvolveram uma tecnologia que impede o descarte incorreto ou incineração de 700 toneladas de plástico. A solução foi desenvolvida este ano (2024), e tem como foco também o reaproveitamento de plástico de alta complexidade.
Diante do desejo de transformar a indústria em uma aliada às pesquisas acadêmicas, as cientistas desenvolveram um aditivo compatibilizante. Chamado de “IQX FLEX”, o aditivo tem aplicação na reciclagem, para unir as diferentes camadas.
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Assim, a co-fundadora explica: “Gerando uma resina reciclada de boa qualidade, que pode retornar ao setor produtivo. O composto foi ostensivamente testado e passamos por uma prova de conceito robusta em parceria com a BRF”.
Desse modo, a partir dos testes a IQX pôde validar a inclusão do aditivo durante a produção de embalagem. Perante isso, elas destacam a inovação associada à tecnologia, tendo em vista que o plástico sai da fábrica pronto para a reciclagem. Nesse sentido, elas comentam: “Nós nomeamos essa tecnologia de ‘reciclagem embarcada’.”
Graças a esta inovação, a IQX recebeu reconhecimento como uma das dez melhores startups do país na 9ª edição do Ranking 100 Open Startups, na categoria “Clean Techs”.
Contribuições para o mercado do plástico e sociedade
Além disso, durante a pandemia, a startup também foi responsável pela elaboração de um aditivo que impedia a ativação do coronavírus em superfícies plásticas.
Sobre esta solução, Neves conta:. “Lançamos, durante o pior momento da pandemia, a primeira embalagem de lixo antivírus”.
Este produto atua de duas formas: impede a transmissão do vírus para células humanas. Assim como rompe a camada de gordura que envolve o vírus, impedindo-o de agir. Portanto, conforme diz a cientista e cofundadora, essa conquista reflete a missão da startup e o propósito de vida das duas: “Utilizar a ciência para resolver problemas da sociedade.”
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