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Tijolos de plástico reciclado, Bioplástico de licuri e Kitkat lança embalagem de plástico reciclado

Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. Empresas da Serra estão implementando soluções sustentáveis para gerenciar resíduos industriais, como usar tijolos de plásticos. Estudantes desenvolveram bioplástico feito a partir do Licuri, uma fruta típica da Caatinga, com o objetivo de reduzir resíduos e a Nestlé anunciou o lançamento de uma edição especial do KitKat, que será embalado em plástico reciclado

Tijolos de plástico reciclado, Bioplástico de licuri e Kitkat lança embalagem de plástico reciclado

Casas feitas com tijolos de plástico reciclado

Tijolos de plástico reciclado

Empresas da Serra estão cada vez mais focadas em soluções sustentáveis para dar destino aos resíduos industriais, em linha com a Estratégia Nacional de Economia Circular, implementada no Brasil desde junho. Essa estratégia visa redesenhar cadeias produtivas para minimizar o desperdício em todas as áreas. O destaque fica por conta do uso de plástico reciclado, como demonstra a casa construída com tijolos de plástico, que pode ser montada em apenas três dias.

Além disso, resíduos plásticos coletados em áreas litorâneas estão sendo transformados em produtos domésticos. Entre as produções aparecem saboneteiras e porta-escovas, reforçando o compromisso com a economia circular e o reaproveitamento de materiais.

Segundo a arquiteta e especialista em economia circular Geovana Secco, o conceito se opõe à economia linear tradicional.

Diante disso, Secco pontua: “Na economia circular, a gente pensa em trabalhar com fluxos de recursos circulares, onde a gente vai aplicando práticas como reparo, remanufatura, reuso e, lá no final, a reciclagem. Para que assim esse material volte para uma cadeia produtiva, para a mesma ou outra cadeia. “

Dessa forma, os produtos têm maior vida útil. Nesse sentido, ela complementa: “Com isso a gente vai valorizando tanto aquela energia que está lá embutida, quanto os recursos. E nisso a gente não precisa extrair matérias-primas virgens para fazer novos produtos.”

Alinhada a essa abordagem, a Leve Blocos cria tijolos a partir de plástico triturado, que é coletado de indústrias de Caxias do Sul e da região. Desse modo, o processo envolve a injeção térmica do plástico, e a montagem das paredes é realizada por encaixe, sem a necessidade de cimento, água ou outros materiais de construção. 

De acordo com a empresa, as casas feitas com esses blocos de polímeros reciclados custam, em média, de 15% a 20% menos do que as construídas por meio de sistemas tradicionais.

Estudantes transformam licuri em bioplástico sustentável

Estudantes desenvolvem bioplástico de Licuri

Com o objetivo de contribuir para a redução de resíduos, as estudantes Eduarda Damasceno, Joane Assis e Hillary Rafaela, do Colégio Estadual Nelson Maia, em Ponto Novo, desenvolveram o Plásticuri. Sob a orientação de João Guirra, criaram um bioplástico a partir do Licuri, uma fruta típica da Caatinga.

Em relação a esta produção, Eduarda Damasceno, uma das alunas, explica que a concepção do bioplástico começou a tomar forma depois de uma atividade de campo. 

Segundo ela, a ideia do bioplástico surgiu depois de uma aula prática com os professores: “Quando identificamos uma grande quantidade de lixo derivado de combustíveis fósseis, especialmente sacolas plásticas no rio Itapicuru-Açu. A partir daí, começamos a discutir e pesquisar alternativas para minimizar esse problema ambiental. Após algumas investigações, decidimos desenvolver um projeto sustentável que, além de reduzir o impacto ambiental, pudesse também contribuir com a agricultura familiar”

Uma vez fabricado, o Plásticuri realizou os primeiros testes e obteve resultados que se mostraram promissores. Assim, Damasceno conta que enterraram algumas amostras e acompanharam o processo; depois de 28 dias a degradação mostrava o caminho esperado, atingindo aproximadamente 82%. 

Assim, ela completa “O Plásticuri pode substituir embalagens plásticas em geral e até mesmo os plásticos convencionais, como as sacolas”

Sob a coorientação de Rute Katiane e com o suporte da SEC (Secretaria da Educação) e do NTE 25 (Núcleo Territorial de Educação), o projeto está sendo aprimorado e promete trazer benefícios significativos.

Diante disso, Katiane comenta: “Os próximos passos são a análise do bioplástico em alto mar, em solos com características diferentes, sob altas temperaturas e sua produção em larga escala. Alguns dos impactos positivos que o nosso bioplástico pode gerar incluem o fortalecimento da agricultura familiar no semiárido e a preservação da palmeira do licuri”.

Nestlé adota plástico reciclado nas embalagens do KitKat

Kitket ganha embalagem de plástico reciclado

A Nestlé anunciou o lançamento de uma edição especial do KitKat, que será vendido em embalagens feitas de plástico reciclado. A ação se dá após a Anvisa ter permitido, em setembro, o registro de marcas de embalagens que têm contato direto com alimentos. Elas têm produção a partir de material reciclado.

A embalagem nova manterá o clássico vermelho que identifica o produto, porém destacará o selo de retornável, remetendo às barras de chocolate. Assim, o doce deve chegar às prateleiras no final de outubro.

O gerente executivo de embalagens da Nestlé, Felipe Simone, informa que o trabalho para implementar a embalagem especial começou há dois anos. Ele também explica que o processo de reciclagem assegura a segurança do material ao retornar ao mercado.

Ainda em relação a esta inovação ele afirma: “Na reciclagem avançada há um processo químico de recuperação de embalagens de alimentos já utilizados. Depois desse consumo, ele vira um novo óleo, retornando ao processo petroquímico como um polímero novo. Por isso ele é seguro para o contato com alimentos.”

Além disso, ele assegura que a embalagem não afeta o sabor do produto. A ação também pretende mostrar a outras marcas de alimentos que é possível ser sustentável e minimizar a utilização de plástico virgem nas embalagens.

Simone menciona que a limitação na oferta do chocolate em embalagem sustentável resulta da dependência da importação do polímero reciclado, necessário para sua comercialização.

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