Talheres sustentáveis a partir de larvas-da-farinha, loja de plástico reciclado e bioplástico de casca de jatobá
Plástico pelo mundo: Fique por dentro das principais notícias e curiosidades do plástico pelo mundo. O Projeto Brio, em parceria com o designer Arnaud Tantet e o restaurante Inoveat, utiliza larvas-da-farinha para transformar resíduos de poliestireno em talheres sustentáveis. A Petland Brasil inaugura suas lojas sustentáveis Ecobox, construídas com blocos de plástico reciclado da Fuplastic e Larissa Soares, tecnóloga em Agroindústria, desenvolveu um plástico biodegradável a partir da casca do jatobá
Talheres sustentáveis a partir de larvas-da-farinha, loja de plástico reciclado e bioplástico de casca de jatobá
Inoveat e Arnaud Tantet criam talheres sustentáveis com larvas-da-farinha e plástico reciclado
O Projeto Brio, um parceria com o designer francês Arnaud Tantet e o restaurante parisiense Inoveat, utiliza larvas-da-farinha para transformar resíduos de plástico em utensílios sustentáveis.
O Inoveat, restaurante do chef Laurent Veyet, conta com pratos exóticos ao integrar larvas-da-farinha, grilos e gafanhotos. Nesse sentido, o projeto busca causar reflexão quanto ao consumo consciente.
Sendo assim, a ideia do Brio nasceu quando o designer, Arnaud, encontrou espécies de vermes capazes de consumir plástico sem comprometer sua saúde. Dessa forma, em colaboração com o Inoveat, Arnaud começou a criar talheres únicos.
O processo começa quando as colônias de larvas cavam o poliestireno, gerando padrões orgânicos. Depois, o material se funde ao metal, dando origem a utensílios sofisticados, resistentes e com uma identidade própria. Cada peça busca refletir a essência desse processo orgânico.
Além disso, o projeto visa debater a sustentabilidade. Isso porque, ao utilizar talheres moldados por vermes e reciclados de maneira criativa, o Inoveat oferece uma nova perspectiva sobre o consumo e o desperdício.
Ainda, o Brio questiona a estética convencional da alta gastronomia, sugerindo a integração da natureza ao design. Sua proposta está em trazer uma sofisticação consciente à mesa, que se alinha perfeitamente com o estilo do Inoveat.
Plástico reciclado ganha forma em lojas sustentáveis ecobox da Petland Brasil
Com a inauguração das lojas sustentáveis Ecobox, a Petland Brasil busca inovar também no varejo pet. Com lojas construídas com blocos de plástico reciclado da Fuplastic, indústria brasileira que desenvolve soluções sustentáveis para a construção, as unidades abrem no dia 30 de novembro.
No Outlet Premium Imigrantes e no Outlet Premium São Paulo, com previsão para a primeira quinzena de dezembro. Essa novidade introduz o conceito de lojas pet em outlets no Brasil, promovendo sustentabilidade e conveniência.
Dessa forma, cada unidade Ecobox ocupa 24m² e conta com 2.000 blocos de plástico reciclado, equivalentes a 1 tonelada de resíduos que seriam descartados no meio ambiente. Os blocos modulares, criados pela Fuplastic, se assemelham a um “Lego gigante” e sua fabricação vem a partir de polipropileno reciclado, um polímero termoplástico proveniente da polimerização do gás propileno ou propeno.
Sendo assim, esse material, que se molda com facilidade ao ser aquecido, tem origem em produtos como cadeiras, embalagens, peças automotivas, copos e brinquedos. Após o uso, ele é separado, limpo e retransformado, mantendo suas propriedades e desempenho.
Nesse sentido, diante dessa inovação, Rodrigo Albuquerque CEO da Petland Brasil, destaca: “Estamos sempre em busca de soluções que tragam valor para os nossos clientes, com a EcoBox, damos mais um passo significativo para transformar a experiência pet no Brasil, unindo conveniência, serviço personalizado, inovação e respeito ao meio ambiente”.
A Ecobox não só demonstra seu compromisso com a sustentabilidade, mas também se destaca pela leveza e resistência de seus blocos. Assim, garantem excelente isolamento térmico e acústico, em um projeto plug & play.
Ainda em relação a esta produção, Bruno Frederico, CEO da Fuplastic, explica que as instalações da Ecobox acontecem em apenas um dia. De acordo com Frederico, o modelo de construção off-site permite a instalação em locais como supermercados, academias, estacionamentos de shoppings e condomínios.
Cientista transforma casca de jatobá em material para embalagens alimentícias
A Tecnóloga em Agroindústria, Larissa Soares, desenvolveu, durante seu doutorado, um plástico biodegradável a partir da casca do jatobá. A inovação acontece no Laboratório de Microbiologia de Alimentos e Bioengenharia da UFS (Universidade Federal de Sergipe).
A pesquisadora do projeto de Renorbio (Biotecnologia Industrial), conta que o extrato do jatobá foi incorporado em formulações de filmes e quitosana, usado na indústria em embalagens ativas de alimentos.
Nesse sentido, Soares explica: “A aplicação do extrato do jabotá aumentou em até 60 vezes a atividade antioxidante in vitro em comparação com o filme sem extrato. Também melhorou as propriedades físicas do filme, como umidade, solubilidade e luminosidade.”
Além disso, ela acrescenta que os filmes incorporados ao extrato da casca do jatobá demonstram potencial como embalagens bioativas e biodegradáveis. Sendo assim, ela ressalta como esta descoberta surge como mais uma opção em relação ao uso de embalagens derivadas do petróleo.
Com orientação da professora Luciana Cristina Santana, a tese do doutorado resultou no depósito de duas patentes junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). O próximo passo é tentar transferir a tecnologia para a indústria.
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