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Simplás acessa tecnologia que transforma plástico reciclado em matéria-prima para impressão 3D com grafeno

Sindicato identifica oportunidades de negócio para o setor em visita a centros de pesquisa e desenvolvimento em São Paulo

A reciclagem dos pacotes de salgadinho consumidos por milhões de pessoas todos os dias, ao redor do mundo, pode dar origem a uma matéria-prima revolucionária para impressão 3D. O segredo consiste em aditivar o polipropileno biorientado (BOPP) das embalagens descartadas de batatas fritas, nachos e outras guloseimas com partículas de grafeno. Essa é uma novidade excelente, que representa uma das oportunidades identificadas para o mercado do plástico durante visita a centros de excelência tecnológica, em São Paulo, pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás).

Já é a segunda vez, em menos de seis meses, que o sindicato passa pelo Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias da Universidade Presbiteriana Mackenzie – o MackGraphe, onde a novidade foi apresentada no mês passado. Assim como na ocasião anterior, no mês de novembro de 2017, o objetivo é detectar e compreender os possíveis impactos que o grafeno pode proporcionar para a indústria do plástico.

As possibilidades de aplicações do material só crescem no setor. Existe a perspectiva de que, em breve, toda a carroceria de um automóvel, que nos dias atuais é fabricada em aço, possa ter estrutura de plástico aditivado com grafeno. A substância é mais de 200 vezes mais resistente do que o aço, porém conta com um atributo a mais: a flexibilidade.

“É uma inovação que contempla três conceitos fundamentais para o futuro de qualquer negócio: sustentabilidade, tecnologia de ponta e altíssimo valor agregado. Percebemos que as pesquisas na Mackenzie estão bastante avançadas. O passo seguinte é dar viabilidade industrial e comercial para que estes novos materiais sejam naturalmente absorvidos pelo mercado”, constata o presidente do Simplás, Jaime Lorandi.

O grafeno possui condutividade térmica mais de 10 vezes superior à do cobre, e é o melhor condutor elétrico conhecido pela ciência. O material absorve apenas 2% da luz, portanto, é quase invisível a olho nu, e em um metro quadrado, concentra massa de apenas 0,77 miligramas.

A missão organizada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) e pela Uniftec, estiveram presentes no Instituo Mauá, no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e o Centro Tecnológico de São José dos Campos, todos em território paulista. As organizações são referência nacional em pesquisa e desenvolvimento para a indústria 4.0.

“O Simplás está sempre em busca de novas oportunidades de negócios e conhecimento para seus representados. Muitas delas já são realidade e estão disponíveis hoje. O que procuramos é identificar e acessar estas aberturas, a fim de trazer maiores condições de competitividade às empresas do setor”, conclui Lorandi.

Para mais informações, acesse: www.simplas.com.br.

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