SETOR PLÁSTICO EXIGE REFORMA TRIBUTÁRIA NO PAÍS
A simplificação do sistema tributário brasileiro poderia fazer crescer o PIB nacional em 1% já no primeiro ano de implantação, defende especialista.
São Paulo, 24 de fevereiro de 2017 – A ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) marcou presença em evento promovido pela ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) para debater as propostas do Centro de Cidadania Fiscal. Criado para debater e oferecer soluções aos problemas públicos da área, o C.CIF defende a simplificação do sistema tributário brasileiro e o aprimoramento do modelo de gestão fiscal do país. Segundo seus dirigentes, cabe à sociedade e às entidades civis se organizar e propor uma reforma tributária definitiva para o Brasil. “Atualmente temos uma legislação complexa, que cria mais insegurança para todo o empresariado”, explicou no evento Eurico de Santi, diretor do C.CiF.
Para o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda e também diretor da instituição, Bernand Appy, as distorções derivadas da complexidade são os principais problemas hoje do sistema, que inibe sobremaneira o crescimento da economia: “São questões que roubam a competitividade do país. Uma reforma tributária poderia agregar um crescimento de 10% ao PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 10 anos, isto é, 1% ao ano a partir do momento que a proposta for implementada”, disse.
A proposta de reforma tributária do C.CiF tem como como principal diferença a eliminação de cinco tributos ao longo de dez anos: ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS. No lugar, seria criado um imposto único, chamado inicialmente de Imposto Geral sobre o Consumo (IGC). “O imposto seria arrecadado tendo como critério o local de destino do produto ou serviço, prática comum na maioria dos países que utilizam o sistema de imposto único”, salientou Appy.
Assim como outras entidades que representam a indústria nacional, a ADIRPLAST acredita que uma reforma tributária deva ser promovida no país urgentemente. “A irracionalidade dos tributos brasileiros cria situações inusitadas, como a do surgimento de ‘agentes piratas’. Eles comercializam matérias-primas e ganham dinheiro na sonegação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Ganham ainda por meio de vários outros subterfúgios, como o de importar o produto por um determinado Estado e, depois, transferi-lo para outro ou mesmo de vendê-lo dentro deste mesmo Estado, manipulando o recolhimento na medida em que transferem as mercadorias de locais com cobrança de 4% e as comercializam como 18%. Isso cria uma tremenda deformação competitiva”, diz Osvaldo Cruz, diretor da Entec Polímeros e vice-presidente da ADIRPLAST. Para Cruz, uma proposta como a do C.CiF traz simplicidade, transparência e equidade necessárias para todos os setores da economia.
Laércio Gonçalves, diretor da Activas e presidente da ADIRPLAST, lembra que a reforma tributária é um passo importante para que o Brasil volte a crescer de forma coerente e competitiva: “Esta é uma das bandeiras de nossa entidade para 2017. Temos a certeza que os benefícios de uma reforma tributária são gigantescos não só para o nosso segmento como para todo país.”
Apesar da urgência, os membros do C.CiF acreditam que a tramitação política de uma reforma tributária pode demorar. “O governo federal, neste momento, está mais voltado para as reformas da previdência e trabalhista. Pessoalmente, acredito que essa seja uma agenda para o próximo mandato presidencial”, diz Appy. No entanto, conclui Gonçalves, “2018 já está aí. Por isso, a mobilização das entidades e empresas já neste ano é fundamental”, acredita o presidente da ADIRPLAST.
Conheça mais detalhes da proposta do C.CIF pelo link: http://ccif.com.br/
A entidade
A ADIRPLAST tem como diretrizes o fortalecimento da distribuição, o apoio aos seus associados e a integração do setor de varejo de resinas plásticas e filmes de BOPP-PET. Seu objetivo é demonstrar a importância que os distribuidores têm para o setor e para o desenvolvimento do mercado brasileiro de plásticos. A entidade trabalha ainda para promover a imagem sustentável do plástico, melhorar a gestão financeira dos transformadores e ajustar o desordenamento tributário sobre a indústria.
Atualmente, a entidade agrega empresas distribuidoras de resinas plásticas e filmes BOPP-PET que, juntas, tiveram um faturamento bruto de cerca de R$ 3,5 bilhões em 2016, e responderam por cerca de 10% de todo o volume de polímeros e filmes BOPP-PET comercializados no país.
Credenciadas pelos fabricantes, essas empresas garantem ao cliente final a qualidade do produto e dos serviços de logística e financeiro. Além disso, contam com uma carteira de 7.000 clientes, em um universo de 11.500 transformadores de resinas plásticas no Brasil. Para atendê-los, emprega 180 representantes externos e mantém 150 postos de atendimento, além de equipes de assistência técnica e de pós-venda.
Organizações essenciais ao setor de plástico brasileiro, os distribuidores associados à ADIRPLAST são responsáveis pela emissão mensal de aproximadamente 25.000 notas fiscais e 80.000 duplicatas.
Para mais informações, acesse: www.adirplast.org.br e aproveite para cadastrar seu e-mail e receber informações sobre distribuição de resinas plásticas e filmes BOPP-PET.