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Setor de máquinas e equipamentos tem protagonismo no bom desempenho do setor

Com desempenho quase 8% acima do período pré-pandemia, indústria reforça compras para a produção

O bom desempenho da indústria no Rio Grande do Sul e a perspectiva de crescimento para os próximos meses movimentam os empresários do setor. Um dos sinais desse cenário ocorre no âmbito das compras industriais. Esse indicador cresceu 13% em agosto na comparação com o mês anterior na última edição doIDI-RS (Índice de Desempenho Industrial), aferido e divulgado pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).

Preparação diante de um novo crescimento de demanda impulsionado pelo setor de serviços e retomada da economia ajudam a explicar esse movimento, segundo especialistas. O ramo de máquinas e equipamentos se destaca entre os segmentos da indústria com desempenho aquecido no momento.

O economista-chefe da Fiergs, André Nunes de Nunes, afirma que alguns fatores, como otimismo em relação ao aumento de ritmo na produção, maior oferta de insumos e matéria-prima e a garantia de estoque em meio à pandemia, ajudam a explicar o aumento nas compras.

Nunes explica “A gente percebe que teve uma acomodação na atividade de março até maio e depois ela voltou a mostrar algum crescimento. Então, a gente já vê as indústrias talvez buscando insumos, matérias-primas, mais peças e componentes para fazer frente a essa nova tocada de atividade que vai ter pelo menos pelos próximos seis meses”.

Em agosto, o IDI-RS cresceu pelo terceiro mês consecutivo, com avanço de 1,9% ante julho. O índice está 7,7% acima do nível pré-pandemia. No ano, o indicador aumentou 16,8% na comparação com mesmo período de 2020. O segmento de máquinas e equipamentos ocupa lugar de destaque dentro dessa escalada.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos no Rio Grande do Sul (ABIMAQ-RS), Hernane Cauduro, afirma que o crescimento do setor ocorre diante de uma base fraca após a crise de 2013. Em relação ao bom momento atual, Cauduro cita a influência dos novos hábitos das famílias em meio à pandemia. Busca por bens duráveis e mudanças na alimentação e no lazer aumentam a demanda de produção, segundo o dirigente.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos no RS diz “A maioria dos setores de máquinas e equipamentos teve essa retomada em “v” logo após junho de 2020. A gente vem percebendo que o setor está retomando o que já foi no passado”

Aquecimento nos próximos meses

O economista-chefe da Fiergs destaca que a projeção de avanço da produção é baseada na normalização da economia diante do aumento da vacinação. Consequentemente, o bom momento do setor de serviços diante do controle sanitário também entra nesse movimento, segundo Nunes. O setor é um dos protagonistas na contratação de mão de obra atualmente e tem espaço para retomar após o período mais complicado da pandemia, segundo especialistas.

O economista diz “Tem todo o setor de serviços, que é o maior segmento da economia e que está abrindo, intensificando a atividade. Então, essa normalização pós-pandemia vai ajudar a indústria, porque o setor de serviços acaba demandando alguns tipos de produtos industriais e gerando renda”.

Nunes afirma que o setor projeta que o bom desempenho da indústria deve seguir até pelo menos até o primeiro trimestre de 2022. Depois desse período, o movimento vai depender do cenário econômico no país, segundo o economista.

No setor de máquinas e equipamentos, o cenário também é otimista. Integrantes do ramo citam as encomendas de produtos como um dos indicadores que reforçam essa avaliação.

O vice-presidente da ABIMAQ-RS, afirma “Os ciclos de fabricação de máquinas são longos. Hoje, a maioria dos fabricantes de máquinas têm carteira fechada para o primeiro trimestre do ano que vem. Alguns até para o segundo trimestre.”

Projeção no mesmo sentido ocorre no segmento de máquinas e implementos agrícolas. O presidente do sindicato que representa a categoria no Estado afirma que algumas empresas só têm entrega para setembro do ano que vem.

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